segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hoje em dia

Hoje em dia...
Hoje em dia, a imagem vale mais do que palavras...
Hoje em dia...
Hoje em dia, os títulos valem mais do que as pessoas...
Hoje em dia...
Hoje em dia, a “carteira cheia” vale mais do que o dono da mesma...
Hoje em dia...
Hoje em dia, se preza o conhecimento, mas a verdadeira sabedoria é deixada de lado...
Hoje em dia...

Para melhorar minha aparência, posso utilizar 1001 tipos de cosméticos, e até me valer do botox e das cirurgias plásticas, e em meios digitais, o posso caprichar na arte com o famoso Photoshop que resolve qualquer problema...
Para ser bem recebido e aceito em qualquer lugar, basta apenas ter um diploma de uma boa faculdade, um mestrado, um doutorado, etc, etc e etc.
E se já tenho todos os títulos descritos anteriormente, minha carteira já estará cheia, pois minha carreira está de vento em popa, então meu valor na sociedade será muito maior do que o de muitos por aí...
Se já cursei uma boa faculdade, já tenho um mestrado, um doutorado e coisa e tal, já possuo conhecimento suficiente para sempre ser aceito! Sou sábio sim, e já não necessito de mais nada...

O interessante é que dentro da igreja, infelizmente, hoje em dia, isso também vem sendo via de regra. Mas não foi isso que Cristo nos ensinou...
Então, porque agimos assim?
Até quando iremos pregar e não viver o que pregamos? De que vale defender uma corrente teológica, se nem a vivemos?
Pois nosso discurso diz que as pessoas devem mudar, mas nós não mudamos, nos valendo de nossa natureza pecaminosa, isto é, “eu também erro”, como pretexto de continuarmos pecando e pedindo a Deus e ao próximo que nos perdoe...
Porque não mudamos? Porque não nos deixamos ser moldados, em todas as áreas de nossas vidas, pelo Espírito Santo?

Hoje em dia é assim, mas Cristo, nosso maior exemplo, não viveu assim...

Cristo vivia entre os pobres, às margens da sociedade, incluindo a todos os que eram rejeitados... Já os intelectuais de sua época o procuravam sob o manto da noite, com receio de serem pegos com o tal “mestre dos excluídos”... Pois para Cristo...
Mais valia a alma de Zaqueu, do que seu dinheiro e seus pecados... (Lucas 19:7)
Mais valia a oferta da viúva, do que a dos demais fariseus... (Lucas 21:31)
Mais valia a vida da mulher samaritana, do que suas origens...(João 4:9)
Mais valia a salvação do ladrão, do que toda sua vida regressa... (Lucas 23:42 e 43)
Mais valia a cura de uma pessoa, do que a “Lei do Sábado”... (Mateus 12:10 a 13)

Então deixemos de lado toda desculpa, toda maquiagem, todo botox, todo Photoshop, todo título, toda patente, todo mérito, todo status, todo dinheiro e vivamos realmente uma vida em comum com nosso próximo, confiando uns nos outros, trabalhando uns pelos outros, vivendo uns pelos outros, sem esperar nada em troca, pois é assim que Cristo viveu!
Ele viveu entre os “marginalizados” de sua época e morreu por mim e por você! Sem mesmo nós o conhecer! Não nos pediu nada em troca, e ainda por muitas vezes, recebe nosso descaso, nosso descrédito, nosso desafeto e mesmo assim, continua a nos amar...
Este verdadeiro amor é maior que os títulos, que o status, que a fama, que as correntes teológicas...
É este amor que temos que viver, hoje, amanhã e depois...

Vamos viver este amor!


Stay Tuned! Bend’s up!

Wanderson Zingoni

Jesus Rock’s!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cantar...

Cantar


por Wilhelmus a Brakel

Cantar é um exercício religioso mediante o qual, com modulação adequada da voz, nós adoramos, rendemos graças e louvamos a Deus.
Trata-se de um exercício religioso, pois utilizamos a habilidade e a doçura de nossa voz a fim de mover outros a se relacionarem com Deus. Deus deu voz ao homem para que fizesse conhecido os seus pensamentos. Ele deu ao homem a capacidade de modular sua voz em um tom alto e em um tom baixo, ou de falar devagar e rápido. Dessa forma, Ele o habilitou a tornar a sua voz doce e agradável. É também vontade de Deus que utilizemos a nossa voz em oração, em ações de graças e no nosso falar com Ele: “Faze-me ouvir a tua voz” (Cântico II, 14). Visto que a modulação de nossas vozes em um ritmo adequado é capaz de abrir o nosso coração e de mexer com nossas emoções, Deus, assim, também deseja que Lhe elevemos os nossos corações no cantar: “cantando ao Senhor com graça no coração” (Col. III, 16). Entretanto, nossa voz e a melodia em si mesmas não são agradáveis a Deus: o que Lhe agrada é o mover do coração no que diz respeito às coisas espirituais que expressamos diante do Senhor no cantar que Lhe agrada. Tanto a voz como a melodia são meios de nos colocarmos em um humor espiritual e de elevarmos os nossos corações às regiões celestiais, bem como os corações daqueles que nos escutam.
O Próprio Uso da Voz
Faz parte do canto a modulação adequada da voz. Pode-se cantar sem habilidade quando, por exemplo, temos uma inclinação a cantar sozinhos para dar expressão aos assuntos que lemos (registrados em forma não-poética), ou àqueles que fluem de um coração piedoso. Isso é feito ao modular a voz entre um tom alto e baixo, no canto vagaroso ou rápido, mas não de uma forma artística, e sim segundo o mover do coração. Um fazendeiro muito piedoso, que eu conheci muito bem, costumava dizer: “Quando estou sozinho na minha plantação, sou capaz de cantar todos os salmos, mesmo que não conheça as suas melodias”. Muitos dos fieis poderão confirmar isso com sua própria experiência. O Senhor deu a algumas pessoas a capacidade de criar peças musicais com arte, que expressão as afeições do coração de uma forma maravilhosa e que mexem com nossas emoções de um modo incrível. Assim como os construtores da arca de Noé não receberam vantagem da estrutura que construíram, visto ter sido feita para Noé e sua família, aqui também nos deparamos com uma situação semelhante. Muitos musicistas se destacam. Contudo, isso é para o benefício dos fiéis. A estes pertence a terra e tudo o que nela se contém. O mesmo se aplica a todas as formas de arte: podem, livremente, fazer uso delas. A forma como alguém é movido pela música será consistente com a natureza de seu coração. Um homem natural só será movido em um sentido natural, ao passo que a melodia mexerá com o coração espiritual em um sentido espiritual.
Os Diversos Tipos de Canções
Algumas composições musicais são de natureza majéstica e dignificada. Por elas, o coração é inclinado à solenidade e à reverência. Tal é o caso nas melodias dos Salmos de Davi que são entoados na igreja. Outras composições são de uma natureza melancólica, pelas quais somos movidos à contrição, até mesmo ao choro. Outras ainda são de um caráter jubilante, erguendo o coração para jubilar: tal é o canto dos Salmos nas igrejas escocesas. Além dessas, outras são de uma natureza deveras rítmica, levando o coração a saltar e a pular de regozijo, como foi o caso quando Ana disse em seu coração: “Meu coração exulta ao Senhor” (1Sm. II, 1). Outras composições são de caráter severo, levando o coração à ira e, por assim dizer, a demandar vingança. Se, todavia, o coração for espiritual, esse coração espiritual, através de várias melodias, haverá de perceber quais são as afeições espirituais consistentes com essas melodias e, através dessas afeições interiores, ele será levado para perto de Deus, seja em contrição, júbilo, regozijo, alegria ou em ação de graças e louvor a Ele. Portanto, o homem espiritual não interage meramente com a melodia. Pelo contrário, a melodia na verdade complementa o aspecto espiritual e este, por sua vez, complementa a melodia. E ambos os casos envolvem o coração. Logo, pode ser que o coração, dependendo da disposição, influencie tanto o conteúdo como a melodia. Ou pode ser também que o conteúdo e a melodia influenciem o coração dessa forma. Quanto mais agradável forem as vozes ou instrumentos a cantar e a soar essas melodias, mais o coração será afetado. Quando Jeosafá e os dois reis mostraram a Eliseu o perigo em que se encontravam os seus exércitos por conta da ausência de água, ele disse: “Ora, pois, trazei-me um músico”. E “sucedeu que, tocando o músico, veio a mão do Senhor sobre ele” (2Reis III, 15). Devido à sua execução do instrumento, seu espírito foi movido e, tendo sido trazido à disposição adequada, ele recebeu a revelação de que haveriam de receber água.
O Canto Tem Sido Praticado Desde os Primórdios
Criaturas têm se ocupado com o canto desde o começo da criação. Os anjos, tendo sido criados no primeiro dia e servindo de testemunhas à criação pelos cinco dias seguintes, glorificaram a Deus a respeito disso no seu canto: “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam” (Jó XXXVIII, 7). Nem tudo o que foi entoado antes do tempo de Moisés foi registrado, mas é plausível que os personagens piedosos, desde o tempo de Adão, tenham se deleitado no cantar. Jó, que segundo dizem, viveu durante o tempo de Abraão, faz menção do canto no seu livro: “Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite” (Jó XXXV, 10). Após os filhos de Israel terem deixado o Egito e passado pelo mar sobre terra seca, eles louvaram ao Senhor em canto: “Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor” (Ex. XV, 1). O nonagésimo salmo tem o seguinte título: Uma Oração de Moisés. Com a sua morte iminente, Moisés deu aos filhos de Israel um cântico que lhe fora ditado pelo Senhor (Dt. XXXI, 16-30). Depois da derrota de Sísera, Débora cantou um cântico (Jz. V, 1).
Davi foi o suave salmista (2Sm. XXIII, 1). Labor diário seu era cantar ao Senhor com instrumentos e levantar a voz e o coração a Deus. Em Sua bondade, o Senhor deu vários salmos a Davi por Sua Palavra. Nós temos os principais, mas tanto a arte da poesia hebraica como as melodias nos estão, em grande parte, acobertadas. Penso que mesmo toda a música que se encontra no mundo hoje em dia não se compara à música de Davi. Eu creio que a melodia foi composta em harmonia com as afeições do coração, dando expressão a elas de uma forma bastante apropriada. E, visto que a melodia procedeu de uma disposição espiritual de coração, ela foi incrivelmente capaz de despertar essas emoções em outras pessoas também. A melodia de um salmo, por isso, não poderia ser utiliziada para qualquer outra canção, visto que a melodia só se aplicava àquela afeição interna e àquela letra. A combinação dos tons musicais, afeições internas e letra foi tamanha, que levaria seus ouvintes a um êxtase. A música de nossa época não provoca tal efeito. Nós entoamos a melodia independente de ela ser consistente com tanto as afeições internas do coração como a letra. Ora, a arte da poesia e da canção consistiam primariamente nesses dois elementos durante aquela época. Por isso, simplesmente não é prático procurar descobrir o método artístico de Davi, muito menos as melodias que ele compôs. Apesar disso, existem aqui e acolá alguns elementos presentes também na poesia grega, latina e holandesa.
A Escritura nos Conclama a Cantar
Davi não cantou meramente para si, mas continuamente exorta todos a cantar. Com esse propósito, ele entregou seus salmos para que fossem cantados no templo pelos mestres de canto em ofício. As referências textuais a isso são tão numerosas, que nem preciso de mencionar. Também encontramos salmos, depois da época de Davi, entre os profetas, acompanhados de exortações ao canto. Achamos também tais exortações entre aquelas profecias que declaram que nos dias do Novo Testamento os homens louvariam ao Senhor com o canto. “Cantai ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra” (Is. XII, 5). “Naquele dia cantai a ela, uma vinha de vinho tinto” (Is. XXVII, 2). “Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao Senhor toda a terra” (Sl. XCVI, 1).
Não é só o Antigo Testamento que nos exorta a cantar, mas também o Novo. “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Ef. V, 19); “… ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais” (Col. III, 16); “Está alguém alegre? Que salmodie” (Tg. V, 13); “cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1Cor. XIV, 15); “E cantavam um novo cântico” (Ap. V, 9).
Outros Cânticos Espirituais Além dos Salmos
Diversos homens piedosos compuseram canções espirituais para esse propósito com uma variedade de melodias. Parece que Lutero foi o primeiro a fazê-lo durante a Reforma. Os seus cânticos são ainda hoje cantados com edificação pelos luteranos em suas igrejas, bem como privadamente por nós. E recentemente o inesquecível Justus van Lodesteyn compôs uma coletânea de canções insuperável em termos de espiritualidade. Clement Marot colocou os primeiros cinquenta Salmos de Davi em rima no idioma francês e Teodoro Beza, os outros cem. Depois disso, Claud. Gaudamelius [Claude Goudimel], um músico famoso de Paris (que pereceu como mártir no massacre de Paris), compôs as melodias, que são insuperáveis na opinião dos músicos. Petrus Dathenus os traduziu do francês em forma poética, preservando as mesmas melodias. Seria bom se algum poeta piedoso e habilidoso pudesse tomar para si a tarefa de melhorar as traduções, colocando-as em poesia de uma forma idêntica e em melhor harmonia com o texto original, de modo que o resultado seja aceitado para o uso público nas igrejas. A decisão dos Sínodos holandeses foi de fato muito correta, a saber, que nada além dos Salmos de Davi deve ser utilizado nas igrejas.
Lamento Pela Negligência Generalizada do Canto
Particularmente, penso ser impressionante que na Holanda os piedosos tenham tão pouco desejo de cantar e que se disponham a fazê-lo de forma tão infrequente. É verdade que cantar pouco é consistente com o caráter lânguido da nossa nação (se comparada a outras nações). Não obstante, as pessoas mundanas cantam um bocado, mas cantam canções vãs para agitar o coração rumo à vaidade e à imoralidade. Os piedosos estão, todavia, em silêncio. Um diz: “estou muito ocupado”. O outro, “não tenho boa voz”, e o terceiro: “não sei melodia alguma”. O quarto, “eu não ousaria! E se os vizinhos me ouvissem e me considerassem um hipócrita?”. Tudo isso, entretanto, não trata do verdadeiro problema, qual seja, a falta de vontade. Se o coração fosse mais espiritual e mais alegre, iríamos com prontidão louvar ao Senhor com alegre canto e, assim, despertar a nós e aos outros. E não falo aqui somente do canto na igreja: mesmo ali, muitos não cantam. Para alguns, o melhor que conseguem fazer é ler o Salmo em silêncio).
Exortação ao Canto
Assim, é necessário que eu convide todos a cantar, não somente os salmos, mas também outros cânticos espirituais. Portanto, crentes, livrem-se da letargia! “Servi ao Senhor com alegria: apresentai-vos diante dEle com cânticos” (Sl. C, 2).
Primeiramente, você deve perceber que o cantar não é uma questão neutra, algo em que você pode ou não se envolver. Pelo contrário, é mandamento de Deus. Tal como mostrado anteriormente, Deus requer isso de você e deseja ser servido dessa maneira. Tome a citação acima junto com outras parecidas e guarde-as no coração como algo mandatório. Comece seu envolvimento nesse dever com um coração obediente: abra sua boca, que seu coração fechado haverá de se abrir também.
Em segundo lugar, Deus criou essa capacidade na própria natureza do homem. Podemos observar isso em crianças de três ou quatro anos de idade. Repare em como elas andam pela casa e cantam ao mesmo tempo. Observe como mesmo na natureza os pássaros, à sua maneira, já louvam seu Criador cedo de manhã através do canto. Se for sair de casa pela manhã, ou se tiver pássaros em casa, você os ouvirá. Ora, será que as criancinhas e os pássaros lhe servirão de repreensão e você, que tem a maior razão do mundo para cantar alegremente permanecerá ainda assim mudo e calado?
Em terceiro lugar, isso é obra de anjos, pois eles glorificam a Deus com o canto (Cf. Jó XXXVIII, 7; Lc. II, 13-14; Ap. V, 11-12), e também é obra da igreja na terra e no céu: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap. V, 9); “E cantavam um como cântico novo diante do trono … e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” (Ap. XIV, 3); “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos” (Ap. XV, 3). Se você não tem desejo algum de cantar, então o que você fará na igreja e no céu? Além disso, se você deseja engrandecer o Senhor com um aleluia eterno, você deveria começá-lo aqui na terra.
Em quarto lugar, Deus se compraz de forma especial quando Seus filhos O louvam em canto. Lá onde o Senhor for suavemente louvado em canto, Ele virá com Suas bênçãos. “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel. “ (Sl. XXII, 3). É notável o que ocorreu na dedicação do templo. “E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam … então a casa se encheu de uma nuvem … E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do SENHOR encheu a casa de Deus” (2Cr. V, 13-14). Quando Jeosafá, juntamente com seu exército, ergueram suas vozes em alegre exclamação e canto (2Cr. XX, 22), o Senhor derrotou os seus inimigos. Quando Paulo e Silas cantaram louvores a Deus no meio da noite, as portas da prisão foram abertas e os grilhões de todos os prisioneiros foram soltos (Atos XVI, 25-26). Portanto, se você quer agradar o Senhor, e deleitar-se com Sua visitação na alma, e se deseja experimentar o Seu socorro, então pode ir se acostumando a cantar.
Em quinto lugar, o canto mexerá com um coração que dificilmente se aciona durante a oração. Pode ser que, durante o canto, as lágrimas caiam sobre o livro. Já passou por isso? Nunca foi movido pelo cantar de outras pessoas? Outros, portanto, também se comoverão através do seu canto. Os papistas na França sabiam disso e, por causa disso, proibiram estritamente o canto dos Salmos e adotaram uma punição cruel para isso, mesmo antes do massacre da igreja [que ocorreu em 1572 - NT]. Portanto, não continuem calados, mas ergam suas vozes. Apesar do diabo e de todos os inimigos de Deus, ergam-nas para a honra e a glória do seu Deus, visto que isso já lhes fez muito mais bem (e ainda faz) do que se deixassem de dar graças ao Senhor com cânticos de louvor. Você devem fazê-lo, além do mais, com vistas a levar outros a servir ao Senhor com alegria. Assim, será manifesto a todo homem natural que a piedade é uma vida de regozijo, e não de pesar. E eles a desejarão também. E, se cantarem, cantem com entendimento, com fervente desejo, conscientes da presença do Senhor (e, portanto, reverentemente), com comportamento discreto, com atenção interior e aparente, para que tudo seja adequado diante do Senhor e à edificação dos que estão à nossa volta.
Fonte: “The Christian’s Reasonable Service”, vol.IV, cap.79.
Tradutor: Lucas G. Freire, ago. 2010

Extraido do Blog Monergismo.com
http://monergismo.com/?p=2579

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desisto... Vou me deixar vencer...

Desculpe-me, mas não entendo...

Diz que se entrega, mas é o primeiro a virar as costas...

Diz que ama apaixonadamente, mas é o primeiro a trair...

Diz que está no caminho estreito, mas o verdadeiro caminho, muitas vezes, não está em seu coração...

Desculpe-me, mas não entendo...


Desculpe-me, mas não entendo...

Professa-se que conheces a verdade, porque não vives por ela?

Prega-se mudança, porque não fazes parte da mesma?

Falas em amor, porque não vives o mesmo?

Desculpe-me, mas não entendo...


Mas tudo isso vai além do nosso mero entendimento...

Pois a mesma pessoa que escreve estas palavras vive, viveu, ou pode viver todas as indecisões e contradições descritas acima e muito mais...

Por isso torno a dizer:

Desculpe-me, mas não entendo...


Bem já disse Paulo aos Romanos: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Pois como ele disse, vivemos diametralmente distante do nosso ideal e de maneira alguma, por forças próprias, podemos vencer este “velho homem”! Descobri que meu maior inimigo não mora ao lado, mas sim, dentro em mim!

Este “velho” que cheira a pecado e com a natureza do mesmo, tenta nos sepultar, trajando-se de uma nova roupa, mas com as mesmas velhas e escusas intenções...

O que este “velho” procura é “buscar e destruir”! Roubar nossa alegria, tomar nossa vida por usucapião e ao nosso derredor espalhar sua discórdia e podridão, é tão ruim que até rima....

E com esse “predador” em nossas veias, desperdiçamos dias, meses e anos, deixando um gosto amargo de derrota em nossa boca e em nosso coração...


Mas uma coisa em tudo isso eu entendi, o único jeito para vencer este “velho homem” é me deixar vencer...

Sim, mesmo isso soando como loucura, pois como irei vencer sendo vencido? Poderia até dizer novamente desculpe-me, mas não entendo, mas como disse, isso eu já entendi.

Não vou me deixar vencer pelo “velho homem”, mas sim, pelo único que pode me conduzir a Deus, mesmo com todos problemas e crises que tem guerreando e assolando meu coração...

Sim, vou me deixar vencer por Cristo, para que ele me conduza em triunfo, como um povo dominado e cativo, já cansado de sua própria batalha, de guerrear consigo mesmo, como em uma guerra civil interminável...


Mas a diferença é que eu serei dominado e cativo pelo amor de Cristo, que como verdadeiro herói, deu a vida por mim e por você! Amor este que constrange e nos faz esquecer de todas as mazelas que de tempos em tempos armazenamos no fundo dos nossos corações, alimentando o “velho homem”, dando-lhe a chance de se rebelar e tentar nos sepultar novamente...

Que isso nos sirva de lembrete, pois como a Bíblia mesmo nos diz em 1 Corintios 10:12 “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”, pois às vezes já estamos atolados até o pescoço, atoleiro este que buscamos com nossos próprios pés e deixando o “velho” nos afundar novamente, muito mais do que da última vez!

Firmemos os pés verdadeiramente na Rocha que é Cristo, deixemo-nos vencer cada dia mais por Ele e certamente seremos muito mais que vencedores contra nós mesmos!

Stay Tuned! Bend’s up!

Wanderson Zingoni

Jesus Rock’s!