quarta-feira, 10 de agosto de 2011

7 razões para não chamar músicos de “levitas”


Sei que esse assunto já foi batido e rebatido várias vezes, por isso é possível que esse texto não apresente nenhuma novidade para alguns irmãos. Entretanto, gostaria de compilar aqui algumas das melhores razões para não usarmos a expressão levita para designar as pessoas que tocam e cantam no “período de louvor”. E mesmo que você não use o termo, proponho que leia pelo prazer de ver a história da salvação se desenrolando na figura do sacerdote.
Com isso, desejo não apenas levar irmãos a repensarem esse costume, mas também mostrar que a teologia por trás do sacerdócio levítico é muito mais bela, ampla e grandiosa do que parece. Quero deixar claro (antes que alguém objete) que uma igreja pode usar essa expressão e ainda realizar cultos de adoração verdadeira, e que ninguém será condenado pelo uso do termo. Entretanto, não há nenhuma boa razão para cometer esse erro deliberadamente. E, creio, qualquer desvio do ensino bíblico, mesmo os que parecem mais simples, podem ser portas para distorções perigosas. Por isso, sugiro que líderes e pastores levem em consideração o que está exposto aqui.


1) Nem todos os levitas eram músicos

A Bíblia relata, é verdade, que existiam levitas envolvidos com a música no antigo Israel. Vemos corais e bandas formados por membros da tribo de Levi e voltados exclusivamente para esse ministério. Entretanto, também lemos sobre levitas que cuidavam de outras atividades cultuais, como o sacrifício, e aqueles que se envolviam em tarefas administrativas e operacionais.
Sei que alguns defensores da expressão “levita” sabem disso. (Por exemplo, o polêmico concurso “Promessas” admite isso em seu site oficial). Ainda assim, preferiu-se ignorar todas as outras funções associadas ao ministério levítico e concentrar-se apenas nessa. Por quê?
Alguns entendem que é por estrelismo dos músicos, mas prefiro pensar que há um motivo mais profundo – a valorização medieval de funções “sagradas” em detrimento de funções “seculares”. Varrer o chão, organizar culto, carregar coisas – qualquer um faz. Adorar, somente os crentes. Há um fundo de verdade aí, mas também há uma ignorância quanto ao chamado geral de Deus para humanidade. Tanto o administrador quanto o zelador podem glorificar a Deus em suas respectivas funções. Isso não é um culto público, mas é um culto.
Assim, alguém responsável por assuntos cotidianos como arrumar cortinas do templo poderia “ser tão adorador” quanto Asafe, o compositor. E um músico no culto público pode estar profanando o nome de Deus – se seu alvo não for a glória do Criador.


2) O chamado levítico originalmente envolvia toda a humanidade

Um dos assuntos mais interessantes da Bíblia é a teologia do local de adoração. Quando Adão e Eva foram criados, eles receberam um chamado de glorificar a Deus por meio do casamento e da procriação, do domínio sobre a natureza e do descanso no sétimo dia. E eles foram colocados em um Jardim, onde poderiam adorar o Criador e exercer a função de guardar e cuidar do Éden.
Algo que passa despercebido pela maioria dos cristãos é que Moisés e outros autores bíblicos repetiram certas expressões e símbolos sobre o Jardim do Éden quando falavam sobre o tabernáculo e o templo. Ou seja, o Éden era um “templo” que deveria ser guardado pelos primeiros levitas – Adão e Eva. O termo “lavrar e guardar” (Gn 2.15) é a mesmo usado para as funções dos levitas em Números 3.7-8, 8.26 e 18.5-6. O chamado de adoração e cuidado com o “templo” é um chamado geral, dado a nossos primeiros pais, assim como o casamento, a família, o trabalho e o descanso.

“Se o Éden é visto como um santuário ideal, então talvez Adão deva ser descrito como um Levita arquetípico” (Gordon J. Wenham)1


3) O levita tinha um papel de mediador, assumido por Cristo

Como ungidos do Senhor, os levitas tinham um papel de mediar a Aliança entre Yahweh e o povo de Israel. Eles não eram simplesmente pessoas que “ministravam a adoração” para a congregação. Muitos veem o povo realizando sacrifícios e entendem que aquilo era o paralelo de nossos momentos de louvor hoje. Há certa relação, mas os sacerdotes faziam muito mais.
Como mediadores, eles exerciam o papel de representar Deus para o povo e representar o povo para Deus. É por isso que esse era um cargo de extrema importância e perigo. Se o levita chegasse contaminado na presença de Deus, ele estava dizendo que a nação estava em pecado. Se ele chegasse maculado na presença de Israel, era uma blasfêmia – “Deus” estava corrompido. Eles não estavam simplesmente realizando cultos, eles tornavam o culto possível.
Hoje, esse papel é cumprido perfeitamente por nosso sacerdote e cordeiro Jesus. Como perfeito Deus e perfeito homem, ele pode posicionar-se como representante de Yahweh diante do povo e representante da igreja diante de Deus. Como afirma o Apóstolo, “há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2.5). Assim, o ministro de louvor hoje é meramente alguém dependente do verdadeiro mediador, aquele que torna o culto possível, o Senhor Jesus.


4) Jesus não é representante do sacerdócio levítico

Entretanto, apesar de sacerdote, Jesus não pode ser considerado um levita. Um motivo para isso é biológico – ele não é descendente de Levi, mas de Judá. Como ele poderia assumir a função sacerdotal? O segundo motivo é teológico. O autor de Hebreus ensina que Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.10).
O Salmo 110 (não sem motivo o texto do Antigo Testamento mais citado no Novo) nos fala de um rei-sacerdote que se assenta no trono de Davi. De fato,o próprio Davi cumpriu certas funções sacerdotais sem ser realmente um levita. Como isso seria possível? Isso acontece porque esse sacerdote é da mesma ordem de um misterioso personagem de Gênesis 14, um rei de Salém (note as sílabas finais de uma tal Jerusalém) chamado Melquisedeque.
Esse personagem, por estar envolto em tanto mistério, é considerado uma figura de Cristo. Ele era “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus” (Hb 7.3) e tanto rei de justiça, quanto de paz (7.2). Assim,valorizar demais o sacerdócio levítico pode nos levar a renegar uma ordem superior, a de Melquisedeque, por quem vem a perfeição (Hb 7.11).


5) A Nova Aliança, da qual fazemos parte, tornou o sacerdócio levítico caduco

O autor de Hebreus vai mais além e diz que o sacerdócio da ordem de Arão foi revogado. Diante da superioridade de um sacerdote que é eterno (Hb 7.24), mediador de uma Aliança superior (Hb 8.6), ele conclui que o sistema anterior era fraco e não podia aperfeiçoar (7.18,19).
Usando o relato sobre Abraão e Melquisedeque, o autor de Hebreus mostra que, quando o Patriarca entregou seus dízimos ao Rei de Salém, estava ali comprovado que o sacerdócio levítico era inferior ao sacerdócio de Jesus. Como assim? Ele explica que a tribo de Levi era responsável pelo recolhimento do dízimo no antigo Israel. Mas o que vemos em Gênesis? Um antepassado dos levitas entregando as ofertas e sendo abençoado por outro sacerdote! Levi, ainda nos lombos de Abraão (7.10), colocou-se debaixo da autoridade de Melquisedeque. Como sabemos, somente o maior abençoa o menor (7.7).
Assim, depois dessa interpretação pouco usual (mas inspirada), o autor de Hebreus conclui – a Nova Aliança envelheceu a primeira, que está velha e prestes a acabar (8.13). Assim, fazer referência a essa instituição em cultos neotestamentários é exaltar as sombras que passaram, que não aperfeiçoam (10.1) e são fundadas no que é terrestre e passageiro (8.2).


6) Em Cristo, todos somos sacerdotes

Unidos a Cristo, somos tratados como portadores de sua perfeita vida de obediência e, assim, podemos ser considerados sacerdotes. Um dos chamados de Israel era ser um reino de sacerdotes (Êx 19.6) – justamente a posição que Adão falhou em cumprir. O apóstolo Pedro aplica essa expressão à igreja e afirma que somos sacerdócio real (1 Pe 2.9).
Da mesma forma que a humanidade foi chamada, no primeiro Adão, para guardar o Éden, a nova humanidade, no último Adão, é chamada a ministrar na Nova Criação. Todos os crentes são chamados a adorar e oferecer sacrifícios (Rm 12.1), não apenas uma classe especial de pessoas. É isso que chamamos de sacerdócio universal dos crentes.


7) Cria uma divisão entre crentes “levitas” e “não-levitas”

A última razão é mais prática que teológica. Em muitas igrejas, essa separação entre “ministros de louvor” e a congregação gera uma perigosa classificação de espiritualidade. É claro que pessoas que se colocam à frente da congregação (e, de certa forma, ensinam e lideram o rebanho) devem tomar um cuidado especial em relação a suas atitudes e serão responsabilizados mais rigorosamente.
Entretanto, isso não coloca necessariamente os cantores e músicos em algum tipo de posição diferente, como alguém mais consagrado, um foco maior de ataques do inimigo, imune à críticas, etc. Tanto pastores, quanto músicos e “leigos” são aceitos por Deus por meio da fé em Cristo, porque ele viveu e morreu de forma perfeita por nós. Diante de Deus, todos têm 100% de aprovação.
Ao mesmo tempo em que músicos e cantores devem estar atentos para que não caiam, eles precisam se lembrar de que a cruz nivela tudo – somos todos merecedores da ira eterna, somos todos considerados perfeitos por Deus. Em Cristo, não em Levi, todos somos templo,sacrifício e sacerdotes. Se Deus nos uniu assim, quem somos nós para separar?

Fonte: iPródigo

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Hermes Fernandes - O DNA do Rock

Neste Mês se comemora o Dia Mundial do Rock, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), como uma homenagem ao megaespetáculo Live Aid, ocorrido nesta mesma data em 1985, com o fim de arrecadar fundos para combater a fome na África.

Muito se tem dito acerca do Rock, e alguns chegam atribuir sua paternidade ao diabo. Por causa disso, nem todos olham com bons olhos a influência que o rock tem exercido na música cristã contemporânea.

Afinal de contas, o diabo é ou não o pai do rock?

Para respondermos a esta questão, que tal apelarmos a um exame de DNA?

Vamos examinar as origens deste ritmo que tem embalado jovens por várias gerações.

Apesar de no decorrer de sua história o rock and roll ter ficado mais marcado por astros brancos, deve-se aos negros, escravos trazidos da África para as plantações de algodão dos Estados Unidos, a criação da estrutura rítmica e melódica que seria a base do rock. Os cantos entoados pelos negros durante o trabalho, no início do século XX dariam origem ao Blues (do inglês azul, usado para designar pessoa de pele escura, bem como tristeza ou melancolia). Focado basicamente no vocal, o blues era geralmente acompanhado apenas por violão.

Enquanto o blues se desenvolvia nos campos e pequenas cidades, nas grandes cidades por sua vez tocava-se o jazz, baseado na improvisação e marcado por bandas maiores e arranjos mais elaborados, com percussão e instrumentos de sopro.

Por um outro lado, nas igrejas evangélicas desenvolvia-se a música gospel negra, que embora obedecendo as escalas de blues, caracterizavam-se por ritmo frenético, canções de redenção e esperança para um povo oprimido. A música era acompanhada por piano ou órgão.

A economia de guerra e o desenvolvimento da indústria havia levado mais gente dos campos para a cidade, forçando o relacionamento entre brancos e negros e a tensão social e racial mas também favorecendo a influência mútua entre a música negra (blues e seus derivados) e a música branca (principalmente country e jazz). Da fusão do blues original com os ritmos mais dançantes dos brancos surgiu o rhythm and blues, que levou a música negra ao conhecimento da população consumista.

No início da década de 50, com o final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos despontavam como grande potência mundial. A população de maneira geral (inclusive as minorias) pela primeira vez tinha dinheiro para gastar com supérfluos como música. Com o anúncio da explosão de bombas atômicas pela União Soviética e um possível "fim do mundo" a qualquer momento, a ordem geral era aproveitar cada momento como se fosse o último.

Em pleno crescimento econômico capitalista o consumo era considerado fator primordial para geração de empregos e divisas, bem como o melhor antídoto contra o comunismo, e a busca por novos mercados consumidores era incessante. Obviamente a parcela mais jovem da população rapidamente se mostrou mais facilmente influenciavel e ao público adolescente pela primeira vez foi dado o direito de ter produtos destinados ao seu consumo exclusivo, bem como poder de escolha.

Estranhamente, porém, os jovens brancos, em grande parte, se negavam a consumir a música normalmente consumida pela maioria branca. Começaram a buscar na música dos guetos algo diferente.

A aceitação deste tipo de música pelo público de maior poder aquisitivo levou a incipiente indústria fonográfica da época a investir na evolução do estilo e procura e contratação de novos talentos, principalmente na procura de um jovem branco que pudesse domar aquele estilo aliando a ele uma imagem que pudesse ser vendida mais facilmente. Tornaram-se comuns os relançamentos de versões de músicas dos negros regravadas por artistas brancos, que terminavam por tirar os verdadeiros criadores do estilo do topo das paradas.

A mistura explosiva da empolgante música negra com o consumismo branco adolescente havia sido feita... a explosão era questão de tempo....

Mas quem teria sido o homem que mereceria ser coroado como responsável pela "criação" do rock and roll? Obviamente um estilo musical tão complexo não poderia ter sua invenção atribuída incontestavelmente a apenas um indivíduo ou grupo de indivíduos. Mas se alguém merecesse ter seu nome associado à "criação" do rock como o conhecemos este alguém não seria Elvis ou Bill Haley ou Chuck Berry ou nenhum outro cantor ou band leader. O "inventor" do termo rock and roll e grande responsável pela difusão do estilo foi o disk jokey Allan Freed, radialista de programas de rhythm and blues de Cleveland, Ohio, que primeiro captou e investiu na carência do público jovem consumista por um novo tipo de música mais energética e primeiro percebeu o potencial comercial da música negra.

Portanto, apesar de muitos terem usado o ritmo para fins pouco louváveis, o rock não é filho do diabo, mas a fusão de várias influências musicais, entre elas, o gospel.

Fonte: Blog Hermes C. Fernandes

NOW ROCK AND ROLL
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pode se colher uvas de uma figueira?



Estamos colhendo os frutos de uma igreja que não é a Igreja de Cristo!
Estamos vivendo dias de vergonha para o Evangelho de Cristo!
Se hoje os cristãos do Brasil são 14% da população segundo o último Censo do IBGE, por que não fazemos diferença na sociedade brasileira?

Primeiro foi o STF, seguido pelo STJ, que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo! Agora com o advento do “mercantilismo gospel”, cantores seculares estão querendo abocanhar sua fatia deste novo mercado.

Mas o mais interessante é que quem quer dar o ponta-pé inicial é o cantor Latino!
Famoso por suas letras cheias de lirismos e perolas da Língua Portuguesa, como “Festa no apê”, “Propostas Indecentes”, “Festinha Prive”, entre outras, agora quer visar o universo evangélico, segundo entrevista ao Ego.

As declarações do cantor são no mínimo estarrecedoras: "Não quero me tornar evangélico, mas sei que posso falar de Deus de uma maneira ousada e jovial”...

E para realizar este novo projeto que ainda não possui um nome, ele pretende reunir grandes cantores evangélicos, e diz mais: ‘Precisamos ficar de olho no mercado musical e sempre buscar novas inspirações. Eu mesmo quero compor as músicas que falem de Deus de uma forma bem alegre, com romantismo também. Vou trabalhar muito para me consolidar também nesse meio”!

Agora vamos pensar juntos, o que vamos fazer a respeito?

Se já é difícil de conviver com pastores e ministros de louvor que se vendem à fortuna e a fama, que deixaram de servir a Deus para servir a Mamon, agora seremos bombardeados por uma enxurrada de canções pseudocristãs de pessoas que nunca conheceram verdadeiramente a Cristo!

Pergunto, como você escolhe as canções que você ouve e canta durante os cultos? Você se deixa levar pelos ministrantes e não observa o que realmente a letra diz, ou analisa o texto da canção e a vida de quem a esta cantando?
Seus pastores e ministros vivem o que pregam e o que cantam?
Os cantores e compositores do meio cristão estão cantando a palavra de Deus?
O que tem inspirado estes artistas? É o verdadeiro Evangelho ou este evangelho barato e triunfalista, que tem distorcido a Verdade com os olhos focados no lucro fácil e no status social de pop-star gospel?

Até quando iremos seguir este molde vazio e pecaminoso?
Até quando faremos girar este “Mercado Gospel”, onde até a Bíblia tem que possuir “n” benefícios para vender mais?
Até quando vamos pagar altas somas de dinheiro a pregadores, cantores e bandas que dizem se inspirar na Palavra de Deus para exercerem seus dons?
Pois uma coisa é viver do ministério, através de ofertas voluntárias, como Paulo viveu, a outra é estipular um “cachê” exato e alto para exercer aquilo que Deus no deu de graça!

Vamos virar esta mesa! Vamos desfraldar a bandeira do verdadeiro Evangelho! Vamos cantar as Escrituras! E muito mais do que isso, vamos viver as Escrituras! Isso vale mais do que mil palavras e dez mil canções!

Esvaziemo-nos de tudo o que nos afasta de Cristo!
Nos acheguemos a Ele de joelhos dobrados, certos de que Ele é misericordioso para nos perdoar e nos conduzir ao verdadeiro caminho da Adoração! Pois afinal, Ele busca adoradores que o adorem e espírito e em verdade!

God Bless!

Stay Tuned!
Wanderson Zingoni

Jesus Rock’s

sexta-feira, 6 de maio de 2011

kevin DeYoung - Porque adorar com tantas palavras?

E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. Hebreus 10.24-25

Talvez você já tenha se perguntado por que o culto cristão é tão carregado de palavras. Talvez você ou a sua igreja tenham sido criticados por serem muito proposicionais, por ouvirem demais, por serem muito… prolixos. Bem, aqui estão vinte e cinco razões pelas quais a proclamação verbal – através da leitura, louvor, cânticos, orações e pregação da Bíblia e das verdades bíblicas – deveria ter lugar proeminente na vida da igreja:

1. A fé vem pelo ouvir (Romanos 10.14-15). Não podemos clamar por Jesus se não crermos nele, e não poderemos crer nele se não ouvirmos dele pelos lábios de alguém que anuncia. A fé começa nas palavras.

2. Deus criou dons e ministérios de palavras para edificar a igreja (Efésios 4.11-12).

3. Deus cria através de sua palavra (cf Gênesis 1 e Colossenses 1.16). O ato divino da criação é sempre um ato verbal.

4. Deus regenera através de sua palavra. Nascemos de novo pela viva e permanente palavra de Deus (1 Pedro 1.23). E “palavra” aqui não é meramente Jesus Cristo, mas a pregação de Pedro recebida pelo povo (verso 25).

5. O povo de Deus é chamado a seguir seus mandamentos e cumprir a lei. Jesus exortou “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15; cf Deuteronômio 11.1). Não podemos amar se não formos obedientes, e são podemos obedecer se não formos intruídos na lei de Deus. É por isso que o Salmista não apenas se alegra na pessoa de Deus, mas também se regozija em seus decretos e estatutos (Salmo 119.16,24).

6. Há, por toda a Bíblia, uma inconfundível prioridade de ouvir sobre ver. Ao contrário das religiões populares da época, Deus insistiu que seria um Deus invisível (cf Exôdo 20.3-4). Quando Moisés pediu para ver Deus, o Senhor recusou, dizendo “Você não poderá ver a minha face, porque ninguém poderá ver-me e continuar vivo”. Pelo contrário, Deus fez sua bondade passar adiante de Moisés ao proclamar seu nome – “o SENHOR” – e declarando seu caráter – “Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão” (33.19). A fé bíblica é acreditar no que esperamos e a certeza das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1; cf 1 Pedro 1.8).

7. Tudo que conhecemos do culto congregacional da igreja primitiva é saturado de palavras. Mesmo que não saibamos muito sobre o culto da igreja primitiva pela Bíblia, nós sabemos que eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, comunhão, partir do pão e oração (Atos 2.42). Sabemos que se dedicavam à leitura pública da Escritura (1 Timóteo 4.13). Sabemos que entoavam hinos, palavras de instrução, revelações, línguas e interpretações (1 Cor 14.26). Em outras palavras, enquanto podemos fazer algumas inferências e julgamentos cuidadosos sobre o papel das artes visuais nesses cultos, podemos saber com certeza que eram cheios de palavras.

8. Jesus Cristo é a pré-existente, encarnada e eterna Palavra de Deus (João 1.1). Algumas vezes questionam se o foco de nossa adoração deve ser a Palavra (Jesus), e não a palavra (Bíblia). Certamente isso é verdade. Nós adoramos a Cristo, não as Escrituras. Mas esse questionamento vai longe demais se afasta completamente a Palavra encarnada de Deus (Jesus) e a palavra de Deus (Escritura). Não acreditamos que a Bíblia é Jesus Cristo, mas não podemos esquecer a conexão entre a Palavra e a palavra. Deus criou através do Logos eterno – sua sabedoria, sua fala, sua voz e sua palavra. Ao mesmo tempo, sabemos que Deus criou por e em Jesus Cristo. As duas verdades demonstram que o Logos é o agente mediador de toda criação e revelação, seja pela Voz Divina ou pela pessoa encarnada de Jesus Cristo. Em outras palavras, a Palavra que nós vemos revelada e incorporada em Jesus é a mesma Palavra que encontramos nas páginas da Escritura.

9. Paulo dá alto valor ao máximo de inteligibilidade no louvor da igreja (1 Coríntios 14.1-25). Há momentos e lugares para ambigüidade e sutileza. O culto congregacional, entretanto, é de proclamação. E palavras são o meio menos ambíguo (mesmo que nem sempre sejam elas mesmas totalmente claras) pelo qual a verdade pode ser proclamada. Danças podem honrar a Deus, uma pintura pode glorificar o Criador, e músicas podem agradar ao Senhor, mas nenhuma outra forma de arte pode proclamar a verdade com tanta inteligibilidade como as palavras. Mesmo as palavras, que normalmente são citadas como encorajamento para o uso de histórias e drama, são um tanto ambíguas. É por isso que Jesus contava parábolas: para não ser óbvio. “A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus”, disse Jesus aos discípulos. “Mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas, a fim de que, ‘ainda que vejam, não percebam; ainda que ouçam, não entendam; de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados! ‘”. (Marcos 4.11-12)

10. Jesus foi um pregador. “Mas ele disse: “É necessário que eu pregue as boas novas do Reino de Deus noutras cidades também, porque para isso fui enviado”.” (Lucas 4.43)

11. A igreja foi fundada sobre os ensinamentos dos apóstolos e dos profetas (Efésios 2.20; cf João 16.13).

12. Ensino e pregação eram partes normativas do culto cristão primitivo. Os primeiros cristãos herdaram dos Judeus uma forte tradição de ensino e pregação (cf Atos 13.14-16; 15.21). Desde os tempos de Esdras, por exemplo, sabemos que os Levitas “instruíram o povo na Lei”. Eles “leram o Livro da Lei de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido” (Neemias 8.7-8; cf 2 Crônicas 15.3). Vemos essa mesma ênfase na igreja do Novo Testamento. Paulo era um pregador (Efésios 3.7-9). Ele ordenou a Timóteo que, principalmente, pregasse e ensinasse (1 Timóteo 4.13) e instruísse os outros a fazerem o mesmo (2 Timóteo 4.2). As principais instruções de Tito eram a respeito do ensinamento de acordo com a sã doutrina (Tito 2.1). Um dos principais papéis dos anciãos era o de ensinar (1 Timóteo 3.2; cf Atos 6.2), tanto que “os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino” (1 Timóteo 5.17). O ensino e a pregação da Escritura eram claramente partes normativas das reuniões da igreja primitiva, se não fossem o evento central de seus cultos.

13. Vivemos de toda palavra que vem da boca do Senhor (Deuteronômio 8.3; Mateus 4.4)

14. Os evangelhos são, antes de tudo, as Boas Novas (Romanos 10.15). As palavras devem ser centrais no culto porque o evangelho é primordialmente uma mensagem – não uma experiência ou expressão, ou mesmo ordens, mas uma declaração de boas novas.

15. Grandes experiências emocionais vêm através de pregações iluminadas pelo Espírito Santo. Dar prioridade às palavras não significa desprezar nossas emoções. Nosso alvo não é usar palavras sábias e persuasivas, mas uma demonstração do poder do Espírito, expressando verdades espirituais em palavras espirituais (1 Coríntios 2.4,13). A verdadeira pregação não simplesmente enche nossas cabeças com conhecimento, mas remove o véu de nossos olhos (2 Coríntios 4.3) e retrata claramente Jesus crucificado (Gálatas 3.1).

16. A palavra de Deus não está morta. É viva e eficaz, mais afiada que qualquer espada de dois gumes, que divide alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e os intentos do coração (Hebreus 4.12; cf Atos 3.37).

17. A transformação à semelhança de Cristo não é menos que uma atividade cognitivo-mental. Precisamos de palavras e verdades para que possamos ser transformados pela renovação de nossas mentes e atingirmos a maturidade do conhecimento do Filho de Deus (Romanos 12.1-2; Efésios 4.13)

18. Jesus habita em nós através de suas palavras. Não há distinção rígida entre a pessoa de Jesus e as palavras de Jesus. Conhecemos Jesus por suas palavras. “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês”, diz Jesus aos discípulos, “pedirão o que quiserem, e lhes será concedido” (João 15.7). Para Jesus, as duas coisas são intercambiáveis: permanecer nele e suas palavras permanecerem em nós. Quando suas palavras habitam em nós, nós habitamos nele.

19. As promessas de Deus nos sustentam nos tempos difíceis. Por exemplo, o Salmista diz “Lembra-te da tua palavra ao teu servo, pela qual me deste esperança” (Salmo 119.49). E “se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído”( Salmo 119.92). E “antes do amanhecer me levanto e suplico o teu socorro; na tua palavra coloquei minha esperança” ( Salmo 119.147). Apenas a palavra de Deus tem o poder de nos manter em pé quando a vida nos puxa para baixo.

20. Deus exaltou acima de todas as coisas o seu nome e sua palavra ( Salmo 138.2).

21. Quando tudo passar, a palavra de Deus permanecerá (Isaías 40.7-8; 1 Pedro 1.24-25).

22. Nossa única arma na batalha espiritual é a espada do Espírito, que é a palavra de Deus (Efésios 6.10-18; Mateus 4.1-11). Nós combatemos as tentações de desobediência e desespero do diabo ao clamar pelas promessas de Deus e conhecendo quem Deus diz que somos; isso é, nós resistimos ao diabo com palavras e fé nas palavras de Deus a nós.

23. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça (2 Timóteo 3.16).

24. Pelas grandes e preciosas promessas de Deus, somos capazes de participar da divina natureza e fugir da corrupção do mundo causada pela cobiça (2 Pedro 1.4).

25. As Escrituras não podem ser anuladas (João 10.35). Há muita flexibilidade quando se trata do culto congregacional, mas como sabemos que a Escritura é inviolável, e que somos santificados pela verdade, que a palavra é a verdade (João 17.17), seríamos tolos se não priorizássemos o que sabemos ter poder para salvar, transformar e permanecer.


Fonte: Cante as Escrituras

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bob Kauflin - Por que a Teologia é Importante


Por que falar sobre teologia nesta conferência? Esta é uma conferência para músicos cristãos, não uma conferência para teólogos cristãos. As pessoas estão andando por aí carregando guitarras. Você pode participar de workshops para vocalistas, tecladistas, baixistas e bateristas. Não há classes de estudo do Antigo Testamento ou de escatologia ou sobre a doutrina de Deus. O objetivo desta conferência é inspirá-lo e equipá-lo na área da música.

Mesmo em uma conferência para músicos cristãos, teologia é importante.

Teologia não é o tópico mais popular entre os cristãos, especialmente entre os músicos cristãos. A própria palavra evoca imagens de velhos orgulhosos estudando livros grossos, argumentando sobre temas secundários que ninguém nunca vai entender de qualquer maneira.

Teologia significa, literalmente, “o estudo de Deus”, especialmente sobre como Ele revela a si mesmo na Escritura. Isso inclui não apenas a estudar a Bíblia, mas entender como as diferentes partes da Bíblia se encaixam.

Músicos cristãos precisam conhecer teologia. Mas deixe-me abordar quatro objeções, antes de eu dizer o porquê.

1. As pessoas apenas debatem sobre teologia.

Sim. Em parte, porque nós somos pecaminosos. Mas, principalmente, porque existem algumas verdades que valem a pena defender e lutar. Até mesmo morrer por elas.

2. Teologia torna a vida complicada.

Depende do que você entende por complicar. Se você acha que saber como deve tocar o seu instrumento faz com que isso seja complicado, então sim, a teologia torna a vida complicada. E eu posso dizer-lhe que conhecer Deus requer mais trabalho do que saber tocar o seu violão ou teclado. Mas se pudéssemos compreender a Deus completamente, ele não seria um grande deus. Se Deus é realmente Deus, nossa mente será esticada até aos seus limites enquanto tentamos compreendê-lO melhor.

Teologia não faz a vida complicada. Ela verdadeiramente torna a vida mais simples. Ela nos protege da leitura de versículos fora de contexto ou de ler apenas as nossas passagens favoritas. A teologia nos diz o que é importante para Deus e nos ajuda a não tomar decisões baseadas no impulso ao invés de baseadas na verdade. A teologia nos diz o que palavras como glória, evangelho, salvação e amor significam. Teologia nos ajuda a entender o que nós realmente estamos fazendo todos os domingos. O que complica a vida não é teologia, mas ser ignorante sobre ela.

3. Estudar teologia torna as pessoas orgulhosas.

Não deveria. Quanto melhor conhecermos a Deus, mais humildes deveríamos ser. O que sabemos que sabemos sempre será diminuído pelo que nós sabemos que não sabemos. Ouça o teólogo Paulo:

“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11:33-36)

4. Nós nunca saberemos tudo de qualquer maneira.

Só porque não podemos saber tudo sobre Deus, não significa que não podemos conhecer algumas coisas verdadeiramente. Deus se revelou a nós em Sua palavra e nos deu o Seu Espírito para que possamos conhecê-lO.

“A Escritura é a revelação divina. Não é uma coleção de opiniões de como diferentes pessoas vêem as coisas e que acabam nos dizendo mais sobre as pessoas do que sobre as coisas. Não. Ela nos dá o perfeito conhecimento do próprio Deus e de toda a realidade. É dada a nós de uma forma que possamos compreender. A razão pela qual Deus a deu a nós é que Ele quer que a conheçamos, e não para ficarmos adivinhando ou tendo impressões vagas. E, certamente, para não sermos enganado. Ele quer que saibamos.” (David Wells, The Courage to Be Protestant [A coragem de ser protestante])


Ao invés de causar problemas, a teologia, corretamente aplicada, resolve os problemas. Ela diz às nossas mentes o que pensar para que os nossos corações saibam o que sentir e as nossas vontades saibam o que fazer, tudo para que possamos amar a Deus mais plenamente e mais apaixonadamente.

Aqui estão três razões do porque a teologia ser importante para os músicos cristãos:

1. Você já é um teólogo.

Todo cristão, músico ou não, já é um teólogo. A questão é: você é um teólogo bom ou ruim?

Nós somos bons teólogos se o que dizemos e pensamos sobre Deus está alinhado com o que a Escritura diz e afirma. Somos teólogos ruins se nossa visão de Deus é vaga, ou se achamos que Deus realmente não se importa com o pecado, ou se vemos Jesus como um bom exemplo e não como um Salvador; ou se nosso Deus é pequeno demais para vencer o mal ou demasiadamente grande para preocupar-se conosco.

Como você se tornar um bom teólogo? Primeiro, lendo, estudando e meditando sobre a Bíblia, a revelação de Deus sobre si mesmo. Muitos de nós estudamos nossas Bíblias como fazemos exercícios físicos. Sabemos que é bom para nós. Tentamos fazer isso. Nós falamos como se nós realmente tivéssemos uma rotina regular. E na maioria das vezes nos esquecemos de fazê-lo.

Você também se torna um bom teólogo lendo livros escritos por aqueles que leram, estudaram e meditaram sobre a Bíblia.

Eu tenho conhecido pessoas que não lêem livros de teologia porque eles não querem que sua compreensão da Bíblia seja influenciada por alguém. O que eles estão dizendo é: "Deus não poderia utilizar outra pessoa para me ajudar a entender a sua Palavra mais claramente”. Isso é ridículo. Preciso de toda a ajuda que possa conseguir. E você também.

Mais perto de Deus (Mundo Cristão) — A.W. Tozer
O Conhecimento de Deus (Mundo Cristão) e Teologia Concisa (Cultura Cristã) — J.I. Packer
Teologia Sistemática (Vida Nova) — Wayne Grudem
Louvor e Adoração (Vida Nova) – Escrevi este livro como uma teologia básica para os líderes de adoração e para músicos.



2. Deus revela-se principalmente através de palavras, não de música.

Assim como eu, vocês provavelmente já tiveram encontros profundos com Deus durante a adoração musical.

Os que tocavam cornetas e os cantores, em uníssono, louvaram e agradeceram ao Senhor. Ao som de cornetas, címbalos e outros instrumentos, levantaram suas vozes em louvor ao Senhor e cantaram: "Ele é bom; o seu amor dura para sempre". Então uma nuvem encheu o templo do Senhor. (2 Cr 5:13)


Ou como quando Davi tocava a harpa para o rei Saul (1 Samuel 16:23)? Você não experimentou uma paz incomum ou sentiu a proximidade de Deus de uma forma inesperada enquanto
a música estava tocando? Quando isso acontece, é um dom de Deus.

Mas nós podemos começar a assumir erroneamente que as palavras restringem o Espírito, enquanto a música permite-nos experimentar Deus de maneiras novas e poderosas. Nós somos atraídos para esse mundo excitante de emoções, imprevisibilidade e impulsos espontâneos que é difícil de definir, mas definitivamente experimentável.

Se Deus quisesse que nós O conhecêssemos principalmente através da música, a Bíblia seria uma trilha sonora, não um livro.

Ser tocado emocionalmente pela música é diferente de ser mudado espiritualmente pela verdade de Deus. A música nos afeta e nos ajuda de muitas maneiras, mas não substitui a verdade sobre Deus. Por si só, a música nunca pode nos ajudar a entender o significado da existência de Deus por si mesma, ou a natureza da Encarnação, ou a expiação substitutiva de Cristo.

Para dizer de um modo simples, a verdade supera as melodias. Se queremos conhecer melhor a Deus, teremos de estudar sua Palavra.

E se eu fosse tão dedicado a estudar e a ouvir Deus como sou em estudar e ouvir música? Os resultados poderiam ser radicais.

3. Ser bons teólogos nos faz músicos melhores.

Eu não estou dizendo que devemos estudar teologia para que possamos nos torna melhores músicos. Mas ser um músico melhor é simplesmente fruto de ser um bom teólogo. Aqui estão algumas das coisas que a teologia nos ensina:

A Teologia nos ensina para que a música serve.

A música representa extrair e expressar emoções fortes para Deus.
A música é para servir as palavras, e não dominá-las ou ofuscá-las.
A música representa a edificação e expressão da unidade da igreja, não a desanima e/ou divide.
Música, com todos os seus estilos, variações e gêneros, destina-se a dar-nos uma imagem de criatividade e da glória de Deus.
Música não é para fazer Deus descer, fazer Deus aparecer, ou de alguma forma manipular a presença de Deus. Isso é trabalho do Espírito Santo, e ele pode nos fazer conhecer a presença de Deus com ou sem música.

A Teologia nos ensina que a adoração é mais do que música.

As palavras que usamos para traduzir "adoração" no Velho e no Novo Testamentos têm a ver com reverência, mostrando reverência e servindo Deus em toda a vida. Apenas algumas vezes adoração é ligada à música.
A música é uma expressão da minha adoração a Deus, não a soma total do mesmo ou até mesmo a melhor parte dela.
Deus é adorado quando os maridos amam suas esposas, quando os filhos obedecem e honram os seus pais, quando compartilhamos o evangelho, quando estamos comprometidos com uma igreja local, quando servimos os outros, quando estamos generosos e alegres nas provações. Estamos adorando a Deus quando nós nos aproximamos da sua graça para resistir à fofoca, pornografia, e raiva.

A Teologia nos ensina que Jesus é melhor do que música.

A música pode me dar conforto temporário. Jesus pode me dar um conforto duradouro.
"E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança." (2 Ts 2:16)
A música não pode me levar à presença de Deus - Jesus pode e o fez.
"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus." (Hb 10:19)
Música não morreu por meus pecados para reconciliar-me com Deus. Jesus morreu.
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito." (1 Pd. 3:18)
A música não é o mediador entre mim e Deus. Jesus é.
"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem." (1 Tm 2:5)
Música só pode fazer-me sentir esperançoso. Jesus ressuscitou dos mortos para me dar Esperança real para sempre.
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos." (1 Pd 1:3)

Por isso, vamos praticar os nossos instrumentos, desenvolver nossas habilidades, buscar a excelência na música com paixão. Mas vamos lembrar que somos músicos cristãos, chamados a amar a Deus com todos os nossos corações, almas, mentes e força.

Vamos procurar ser não só os melhores músicos que podemos ser, mas os melhores teólogos que podemos ser. E que o nome de Jesus seja honrado em nossas vidas como usamos nossos dons para a Sua glória.

Fonte: Cante as Escrituras

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bob Kauflin - O Tema de Nossas Canções


"Conheça a Palavra de Deus. Nem mesmo comece a falar sobre ser um compositor cristão até que você possa contar a história da Bíblia do começo ao fim." (Charlie Peacock)

Se eu sou um músico cristão, cada canção que eu componho, direta ou indiretamente, tem a ver com Jesus Cristo. Aqui estão alguns pontos e subpontos sobre isso:

Nós compomos algumas canções SOBRE Jesus.

1.As melhores canções SOBRE Jesus nos ajudam a conhecer e amar o Jesus verdadeiro e bíblico.

2.Nossas palavras e melodias nunca serão mais impressionantes do que o próprio Jesus.

3.Nosso trabalho como poetas, como letristas e como compositores é estudar a realidade de quem Jesus é atentamente, consistente e fielmente; e conforme vemos isso mais claramente, tentar comunicar sua glória através de nossas canções.

Nós compomos algumas canções PARA Jesus.

1.As melhores músicas PARA Jesus fazem-no parecer melhor, não a nós.

2.É possível focar muito no que estamos fazendo e dizendo a Jesus que nós podemos perder de vista para quem estamos falando.

3.Nós não precisamos de mais canções no estilo "Deus é minha namorada". Há realmente uma enorme diferença entre o que eu digo à minha esposa, ou namorada, e o que eu digo a Jesus. 1) Jesus é digno de adoração, obediência, exaltação e adoração. Minha esposa não é. 2) Jesus me salvou do inferno, minha esposa não. 3) Eu preciso de Jesus. Embora ele me ame, Ele não precisa de mim.

4.Nossas expressões de emoção são moderadas e guiadas pelo caráter e pela glória daquele para quem estamos falando.

Nós compomos todas as nossas canções POR CAUSA de Jesus.

1.As melhores canções compostas por causa de Jesus levam a sério as realidades do céu e do inferno, do perdão e da condenação, da dor infinita e da eterna alegria.

2.Trabalhamos para compor melodias doces, refrões criativos e letras inteligentes por que eles refletem a beleza, a criatividade e a glória de quem dá sentido, propósito e alegria às nossas vidas.

3.Compomos canções sobre dor, provações, confusão, mistérios, sofrimento, envelhecimento, porque estas são as coisas que nos levam a Jesus. E não nos entristecemos como aqueles que não têm esperança.

4.Compomos músicas que revigoram e inspiram as pessoas, que os levam a refletir e ponderar, sorrir e se mover, porque Deus é o doador de todos os presentes bons e a chuva desce sobre os maus e os bons.

Extraído do Blog Cante as Escrituras

terça-feira, 29 de março de 2011

Artistas Cristãos em um mundo secular...


Com o passar dos anos tenho encontrado mais de meia dúzia de irmãos tentando lidar com a ideia de estarem envolvidos com “música secular”, sendo cristãos. E este é um longo debate. Mas, enquanto convivo com gente que tenta entender a vontade de Deus para esse grande dilema, pude perceber alguns princípios que podem ser aplicados além da área específica da música. Os músicos não são as únicas pessoas com esse tipo de problema.

O que quero dizer é:

E um cineasta cristão? Ele ou ela só poderão participar de festivais de filmes cristãos??
E um cara com dom para poesia beat¹? Ele terá de se afastar de saraus em ambientes seculares?
E um escritor trabalhando em um romance? Quanto “material cristão” será necessário em seu livro?

Então, o que devemos pensar sobre cristãos estarem envolvidos em movimentos “seculares”? É sempre errado? É algo que devemos incentivar?

Quero listar alguns pensamentos que tenho compartilhado ao longo dos anos com pessoas que estavam tentando achar a vontade de Deus para suas vidas, na área da música; mas não acho que é difícil ver conexões com outras áreas, como arte, cinema, etc.

Então, vamos explorar esses princípios juntos.

A questão mais importante


O ponto mais importante para questionar (e, às vezes, o mais difícil de responder) é: “Quais são os meus motivos para querer me envolver com a música secular?” A Palavra de Deus é clara: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Co 10.31). Isso inclui a nossa arte.

Embora eu nunca presuma que os motivos de alguém serão completamente puros, existe uma diferença significativa entre quem vive para tocar nos palcos e quem vive para servir aos outros com seus dons.

Se houver qualquer dúvida sobre porque quero tocar fora da igreja, é uma boa ideia pedir a pessoas a quem respeito uma avaliação honesta dos meus motivos.

Redefinindo “sucesso”


O sucesso de um cristão no mercado não é, de nenhuma maneira, sinal de que o Reino está avançando ou que o Evangelho está sendo proclamado. O ímpio pode ser rico e famoso também (Sl 73.12).

Um hit não é necessariamente um sinal da bênção de Deus. Pode ser resultado de uma boa divulgação ou de uma grande musicalidade. Em muitas músicas que misturam o secular e o cristão, a letra falha em comunicar qualquer coisa que a distinga como cristã. Além disso, quando uma canção cristã se torna popular, as pessoas podem presumir que não há diferença entre músicos seculares e cristãos – é tudo sobre música e dinheiro.

Redefinindo “secular”

Uma música secular não é necessariamente anticristã ou ateia.

Há inúmeros exemplos de canções populares que apresentam valores morais, perspectivas profundas e comentários significativos sobre a vida e que não façam referência direta às Escrituras. O sucesso de músicas como “I Can Only Imagine”, “Butterfly Kisses”, e “Meant to Live” é clara evidência disso. (E, se você não gosta dessas músicas… apenas continue comigo nesse argumento…). Podemos usar nossa música para entreter, sem glamourizar ou promover os ídolos do materialismo, orgulho e egocentrismo.

Julgando Caridosamente

À distância, não podemos estar corretos quanto às motivações de um artista.

Enquanto podemos tirar conclusões sobre a vestimenta de alguém, sua linguagem, atitudes e ações, é difícil dizer a diferença entre um rebelde não salvo e um crente desinformado. Poucos de nós se sairiam bem se os detalhes de nossas vidas fossem publicados para milhões de pessoas lerem e criticarem. Isso não significa que os músicos que se declaram cristãos estão acima da avaliação ou julgamento público. Significa apenas que, na maioria dos casos, devemos focar mais nas diferenças do que em expressar julgamentos finais. No mínimo, nossas orações por um artista devem ser iguais à nossa crítica pública.

Sem desculpas para renunciar

Estar envolvido na música secular não é justificativa para abandonar a igreja ou minimizar nossa fé.

Um músico cristão pode não cantar abertamente sobre a salvação ou a cruz, ou não tocar música composta por cristãos. Mas nunca podemos afirmar que o nosso cristianismo fica em segundo plano e a nossa musicalidade em primeiro. Não existem músicos que por acaso são cristãos. Nossa identidade como cristãos deve direcionar tudo o que fazemos. Assim como Paulo, devemos estar aptos a dizer: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21)

Em um pequeno e desafiador livroentitulado Imagine: A Vision for Christians in the Arts, Steve Turner escreve: “Às vezes eu escuto cristãos justificarem a menção de seus pontos fracos em sua arte porque ‘Eu sou um pecador, como qualquer outro’. Isso não é verdade. O cristão não é um pecador como qualquer outro porque o cristão é um pecador perdoado, e isso altera sua relação com o pecado”. Basicamente, a cruz muda tudo. O Evangelho redefine as nossas prioridades, redireciona as nossas paixões, e reformula nossa visão de mundo. Agora vivemos toda a nossa vida “pelas misericórdias de Deus” (Rm 12.1).

A Influência do Evangelho

O mundo precisa ver, em todas as áreas, pessoas que tenham sido genuinamente transformadas pelo Evangelho.

Músicos cristãos inseridos no mercado secular têm a oportunidade de influenciar não-cristãos não apenas com suas músicas, mas com suas vidas. Deus pode ter dado a eles a oportunidade de compartilhar o Evangelho com pessoas que não seriam alcançadas de nenhuma outra maneira. Kerry Livgren e Dave Hope são dois artistas que têm feito a diferença nesse sentido. E existem muitos outros. Alguns cristãos servirão à igreja na igreja. Outros servirão à igreja fora dela. Ambos mostram através de suas vidas que Jesus é o único Salvador e o Soberano do Mundo.

De Genêsis ao Apocalipse em uma música de 50 minutos

Nem todas as músicas escritas e cantadas por critãos precisam expor todo o Evangelho.

Russ Bremeier, em uma de suas colunas Music Connection², escreveu:

"Algumas músicas falam explicitamente do Evangelho, e outras apenas plantam uma semente que pode levar ao Evangelho. Nossa arte é um reflexo da diversidade que somos como corpo de Cristo. Se ela é usada na igreja, no rádio, num programa de televisão, ou mesmo em um anúncio de 30 segundos, podemos ficar descansados sabendo que Deus pode usar a música que fazemos em inúmeras maneiras de servir a seus propósitos."


Pode haver músicas de todos os tipos, escritas sob a perspectiva daqueles que vivem à luz das alegrias e realidades do céu.

Eis o que importa: Conheça seu coração e procure fazer música para a glória de Jesus Cristo, não importa onde você a execute. Nossa arte não é sobre nós. Trata-se, em primeiro lugar, de chamar a atenção para o Deus que nos deu dons como a música. No final das contas, nenhum outro tipo de arte irá permanecer.


Traduzido gentilmente por Josiane Lima! | iPródigo |

quarta-feira, 23 de março de 2011

Declarações de Amor para Deus


Alguém criou a expressão “músicas ‘Deus é minha namorada’” para descrever as letras contemporâneas que expressam o amor a Deus com palavras que, por natureza, são românticas. Elas incluem frases como “abraça-me”, “deixe-me sentir seu toque”, etc. Embora essa não seja a primeira vez na história em que cânticos congregacionais foram rotulados como sensuais (John Wesley tinha alguns problemas com as letras de Charles Wesley, às vezes), essa é uma questão que ainda precisa de esclarecimento.

Por que alguém escreve músicas que podem ser cantadas tanto para Deus quanto para um amante humano? As razões variam. Talvez o compositor seja simplesmente um péssimo letrista que não conhece nada melhor. Pode ser uma tentativa de alargar os limites do lirismo poético. Também poderia ser uma tentativa de escrever canções “intercambiáveis” que são aplicáveis a contextos cristãos ou seculares. O problema é que nosso relacionamento com Deus é um pouco diferente (você poderia dizer infinitamente?) de nossos relacionamentos com os outros.

Outro grupo baseia seu uso do imaginário romântico em Cântico dos Cânticos – “Deixe-me conhecer os beijos de tua boca, deixe-me sentir teu abraço”¹. Entretanto, não há qualquer indicação fora de Cantares de que Deus deseja que cantássemos individualmente palavras como essas a nosso Deus e Salvador. (Para uma interpretação mais literal de Cântico dos Cânticos como uma celebração do romance matrimonial, sugiro que você leia Sexo, Romance e a Glória de Deus, de C.J. Mahaney).

Fiquei feliz de pegar a última edição da revista Worship Leader e descobrir que Matt Redman tratou esse mesmo tópico em um artigo chamado “Beije-me?”. Ele procurar responder a pergunta: “figuras românticas são apropriadas para as expressões congregacionais de adoração?”.

Como esperado, os pensamentos de Matt são humildes, claros, uteis e, mais importante, bíblicos. Ele compartilha a experiência de escutar o um CD de músicas de louvor próximo a um não-cristão.

Outro dia estava ouvindo um disco de louvor (que não identificarei!) bem alto – dentro do alcance do homem que limpa minhas janelas. Achei que talvez fizesse algum bem para ele ouvir algumas músicas de adoração. O que não percebi é que uma das músicas continha uma sequência de letras que pareciam românticas. Ao procurar o mais rápido possível o botão de pausa, percebi algo. Eu não estava com vergonha de Jesus, mas não estava nem um por cento convencido da maneira como, alguma vezes, nos aproximamos dEle. William Barclay tem uma opinião bem forte sobre isso: “o Novo Testamento jamais corre o menor risco de sentimentalizar a ideia de Deus”².

O potencial para o evangelismo o encorajou até que surgiu uma música com uma sequência de letras românticas. Ao pausar a música, Matt percebeu: “eu não estava com vergonha de Jesus, mas não estava nem um por cento convencido da maneira como nos aproximamos dEle”. Em seguida, ele acrescenta: “Algumas vezes, dentro das paredes da igreja, caímos no hábito de dizer ou fazer coisas que nunca faríamos se estivéssemos realmente em contato com o mundo. E, na verdade, isso é apenas um ponto secundário. O principal é se estamos ou não escrevendo e escolhendo músicas que são um eco verdadeiro do padrão da Escritura”.

Como a maioria das coisas, discernimento é mais sábio que simplesmente banir o uso de certas palavras como “belo” ou “abraçar”. Entretanto, cantar ou escrever palavras a Deus porque elas “expressam meus sentimentos” mostra-se um padrão ilusório. Deus importa-se com as palavras que usamos quando nos aproximamos dEle, e nossas palavras devem ser “um eco verdadeiro do padrão da Escritura”. Relacionamos-nos com Deus da maneira que Ele se revelou a nós ou de uma maneira que nossa cultura acha confortável? Nossas músicas descrevem Deus como Ele é ou procuram fazê-lo mais parecido conosco?

Encontramos o equilíbrio entre transcendência e imanência em Isaías 54.5: “Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra”. Esse verso nos mostra que, em nosso desejo de celebrar como Deus nos trouxe para perto por meio da cruz, nunca podemos nos esquecer de que Ele continua exaltado acima de toda criação. Ele não é nossa namorada; Ele é nosso Deus. Nossas canções nunca deveriam ser vagas sobre essa diferença. Como Matt nos lembra, “precisamos constantemente refletir nas maneiras em que nos dirigimos a nosso maravilhoso Deus”. Porque Ele realmente é maravilhoso.


¹ Música do compositor David Ruis. No original, “Let me know the kisses of your mouth, let me feel your embrace.”
² Esse trecho do Matt Redman não estava na versão original do texto de Bob Kauflin (por isso há até uma certa repetição nesse post). Incluí aqui para entendermos melhor o contexto da situação narrada. Você pode ler o artigo de Matt (em inglês) aqui.

Traduzido por Josaías Jr. | iPródigo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Renato Vargens - Os Levitas



Desde que me converti tenho ouvido por parte de alguns líderes evangélicos que aqueles que ministram o louvor com música na Igreja são levitas do Senhor. Como já escrevi anteriormente algumas comunidades evangélicas tem uma enorme facilidade de judaizar o Evangelho de Cristo. Vale a pena ressaltar que em nenhum lugar do Novo Testamento encontramos a referência de que ministros de louvor, cantores ou instrumentistas sejam considerados como levitas do Senhor.

Dentro deste contexto gostaria de reproduzir parte do excelente artigo escrito pelo pastor Natanael Rinaldi, apologista do CAPC. Segundo Rinaldi o conceito de "levita” foi tomado por empréstimo de Israel e do Velho Testamento. Originalmente, "levita" significa "descendente de Levi", que era um dos 12 filhos de Jacó. Os levitas começaram a se destacar entre as 12 tribos de Israel por ocasião do episódio do bezerro de ouro. Quando Moisés desceu do monte e viu o povo entregue à idolatria, encheu-se de ira e cobrou um posicionamento dos israelitas. Naquele momento, os descendentes de Levi se manifestaram para servirem somente ao Senhor (Êx 32:26). Daí em diante, os levitas se tornaram ministros de Deus. Dentre eles, alguns eram sacerdotes (família de Aarão) e os outros, seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas, tornou-se habitual separar os dois grupos. Então, muitas das vezes em que se fala sobre os levitas no Velho Testamento, a referência se aplica aos ajudantes dos sacerdotes. Seu serviço era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto (Números capítulos 3, 4, 8, 18).

Naquele tempo, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo. Muito tempo depois, Davi inseriu a música como parte integrante do culto. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (I Sm 16:23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical. Em I Crônicas (9:14-33; 23:1-32; 25:1-7), vemos diversas atribuições dos levitas. Havia então entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (II Crônicas 5:13; 34:12).

Em se tratando o título levita ao Antigo Concerto não é próprio chamarmos os músicos e cantores como integrando um corpo ministerial estranho ao Novo Concerto, até porque, segundo as Sagradas Escrituras todos aqueles que confessam a Cristo foram feitos por Ele, reis e sacerdotes. Portanto afirmar que os músicos são levitas do Senhor afrontam de modo substancial o ensinamento bíblico e cristão.

Pense nisso!


Fonte: Púlpito Cristão.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

10 Conselhos para quem trabalha com música na igreja...


Começo justificando o título. Por que não usei "10 conselhos para equipes de louvor" ou "10 conselhos para levitas". Primeiro, porque louvor é todo o culto e não apenas aquele período em que cantamos cânticos. Nós louvamos a Deus quando oramos (se a oração for de louvor), quando lemos a Bíblia (se o texto expressar louvor) e, mesmo em silêncio quando temos uma atitude de louvor a Deus durante o culto. Limitar o louvor ao período de cânticos e desconsiderar tudo que acontece antes e depois. Sobre levitas, este ministério acabou no Antigo Testamento. Os levitas, assim como os sacerdotes, eram instrumentos de Deus dentro da lei cerimonial. Lei cerimonial é a parte da lei que tem relação com as cerimônias e sacrifícios do Antigo Testamento. Esta lei teve seu cumprimento final em Cristo e acabou nele. Jesus derramou a última gota de sangue requerida para expiação de pecados. Portanto, trazer os levitas, os sacerdotes, a arca, o chofar, etc, de volta, é retroceder. É voltar ao Antigo Testamento e desprezar a Aliança da Graça, que tem como sumo-sacerdote o próprio Jesus Cristo. Bem, feitas as ressalvas, vamos aos 10 conselhos:


1. Tenha uma vida de oração.

2. Leia constantemente sua Bíblia.

3. Confronte o que você lê na Bíblia com o modo como você pensa, age e fala.

4. Conserte seus relacionamentos (família, vizinhos, trabalho, escola...).

5. Nos ensaios, tente fazer o seu melhor. Maldito é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente (Jr 48.10).

6. No culto, lembre-se que os adoradores estão ali por causa de Jesus e não por sua causa.

7. Se você é hábil com a voz ou com algum instrumento, lembre-se de que isto foi dado por Deus, logo, nada de vaidades.

8. Não tente atrair atenção para si. Mostrar habilidades nos instrumentos (solando ou com arranjos chamativos) ou com a voz, improvisando e distorcendo a melodia, podem atrair atenção para você, desviando a atenção que deve ser dada a Cristo.

9. Depois de cantar/tocar permaneça no culto, participando com atenção. Retirar-se depois dos cânticos é comportamento de "estrela", totalmente impróprio em um culto em que Jesus é o centro.

10. Aprenda a analisar as letras daquilo que você canta. Uma boa melodia, nem sempre traz uma boa letra. E que prejuízo isto causa no culto. Peça ajuda do seu pastor neste sentido.


Por fim, mas com a impressão de que muito ainda deve ser dito, termino recomendando os escritos do Maestro Parcival Modolo. Excelentes para quem quer aprimorar o conhecimento musical e louvar a Deus mais adequadamente.


Extraído do Blog Resistência Protestante

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Música... dom ou deus?




Por Bob Kauflin

A música é um ótimo dom. As 13000 músicas no meu iTunes são um testemunho disso. Meus olhos frequentemente derramaram-se em lágrimas quando fui afetado por uma letra, um acorde, ou uma textura musical. Eu já agradeci a Deus pelo dom da música mais vezes que eu possa lembrar.

Não importa o que você pense sobre meu amor pela música, me lembro do que Martinho Lutero disse em um prefácio a uma coleção de motetos em 1538:

“Eu, Doutor Martinho Lutero, desejo a todos os amantes da livre arte da música graça e paz da parte de Deus Pai e de nosso Senhor Jesus Cristo! Verdadeiramente desejo que todos os cristãos amassem e considerassem valioso o amável dom da música, que é precioso, digno e um caro tesouro entregue à humanidade por Deus… Uma pessoa que pensa sobre a música, e ainda assim não a considera uma maravilhosa criação de Deus, deve ser um bruto e não merece ser chamado de ser humano; ele não deveria ouvir nada além do zurro dos asnos e o grunhido dos porcos.”

Enquanto eu talvez não deseje imitar a atitude de Lutero, muitos de nós prontamente concordarão que a música é um dom de Deus.

E esse é o problema. A Escritura nos diz que dons frequentemente tornam-se deus. Boas coisas podem tornar-se ídolos.

Em Números 21, os israelitas murmuraram contra Deus e isso resultou no envio de serpentes venenosas. Quando eles confessaram seu pecado e se arrependeram, Deus mandou Moisés fazer uma serpente de bronze e pendurá-la em um poste. Todo aquele que olhasse para a serpente viveria. Foi um bom dom. Porém, mais tarde, em 2 Reis 18, lemos que Israel estava fazendo oferendas à serpente, e mesmo lhe deu um nome – Neustã.

Bons dons podem tornar-se deuses.

A música vira um deus quando procuramos nela alegria, conforto, poder e satisfação que somente Deus pode dar. Aqui estão cinco indicadores de que isso pode estar acontecendo.

1. Escolhemos frequentar uma igreja ou reunião com base na música, não na pregação do Evangelho e da Palavra de Deus.

Em nenhum lugar na Bíblia somos ensinados que a igreja deve reunir-se em torno da música. Nos reunimos em torno do Salvador crucificado e ressuscitado, Jesus Cristo. Nos reunimos para ouvir a Palavra de Deus no poder do Espírito. Efésios 2.13-14 diz que o sangue de Cristo nos une, não a música.

2. Não conseguimos adorar sem uma determinada música, estilo, líder ou som.

Se eu digo que não consigo adorar a não ser que X aconteça, ou X esteja presente, sem que X seja a morte de nosso Salvador na cruz por nossos pecados ou o poder de seu Espírito, estamos entrando em idolatria. Nesse momento, X é mais importante para nós que o mandamento de Deus de amá-lO com todo nosso coração, alma, mente ou força. Isso não significa que não existam músicas ruins, líderes fracos ou estilos inadequados. Mas, ser discernente é diferente de ser incapaz de adorar a Deus.

3. Achamos que a música nos leva ou nos traz a presença de Deus

Aqui está o que a música pode fazer: ela pode nos afetar emocionalmente. Criar um ambiente. Suavizar nossos corações para que ouçamos mais atenciosamente. Ajudar-nos a ouvir as palavras de maneira diferente. Distrair-nos do que está acontecendo. Ajudar-nos a focar no que está acontecendo. Lembrar das palavras. E mais.

Aqui está o que a música não pode fazer: Tornar Deus mais presente. Trazer a presença de Deus. Nos levar à presença de Deus. Manipular Deus (Hb 10.19-22; 1 Tm 2.5). Há somente um mediador, e não é uma música, estilo, líder ou som. É Jesus Cristo.

4. Um desempenho musical ruim nos leva a pecar contra os outros membros da banda ou os músicos que nos lideram.

Dificilmente estamos representando o coração de Deus quando ficamos zangados, frustrados ou impacientes com músicos que não tocam segundo nossos padrões. O padrão de Deus é a perfeição, e ele foi satisfeito em Jesus Cristo, que viveu uma vida perfeita em nosso lugar e morreu como nosso substituto, suportando a ira de Deus em nosso lugar. TUDO o que oferecemos, não importa quão bem ou mal oferecido, é aperfeiçoado por meio da entrega de uma vez por todas do Salvador. Podemos nos esforçar por excelência no serviço aos outros, ao mesmo tempo em que estendemos a graça que recebemos a eles.

5. O amor pela música substituiu o amor pelas coisas de Deus.

É possível ouvir música que está destruindo sua alma e estar completamente alheio a isso. Ser escravizado por um ídolo e sentir-se como se estivesse sendo liberto. Em suas confissões, Agostinho disse “Ama-te muito pouco aquele que ama outra coisa junto contigo, que ele ama não por tua causa”. Não tenho dúvidas de que amamos a música. Mas nós a amamos por amor a Deus ou por amor próprio?

Resumindo:

Música é útil, mas não é necessária.
Música é boa. Mas Jesus é melhor.
Música é um dom, mas não um deus.
Música não é minha vida. Cristo é.


Os dons de Deus devem aprofundar nosso relacionamento com Deus e criar uma afeição nova por ele. Não substituí-lo.

Que possamos desfrutar e fazer música no melhor de nossas capacidades, tudo para glória dAquele que, em primeiro lugar, nos deu para desfrutá-la.


Traduzido por Josaías Jr | iPródigo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Jason Harms – O Credo de um Artista ...




Um credo é um sistema de princípios ou crenças. Nas artes, há numerosos credos não escritos que seguimos querendo ou não. Não há ninguém que não siga um credo. Mas onde um credo termina no homem ou na arte e não em Deus e nas verdades de Deus, é um credo inferior. É um credo capaz apenas de satisfazer prazeres inferiores. Tais credos — tais sistemas de princípio e crença que eventualmente prezam a arte, ou a estética, ou a habilidade, ou o desempenho, ou o artista, ou qualquer outra coisa que não Deus como derradeiro prazer e objetivo dos prazeres que conhecemos na arte — são incapazes de produzir os plenos, mais satisfatórios e duradouros prazeres que se podem conhecer através da expressão artística.

A intenção do credo a seguir é agir como um guia tanto para certificarmos que temos o OBJETIVO correto em nossa expressão artística, a saber, Deus; quanto para perguntarmos a partir de qual motivo estaremos aptos para assegurar os maiores prazeres deste Objetivo, a saber, os prazeres de Deus na expressão artística. Como tudo isso é executado na middle-land é o que passamos adiante aos outros como obras de arte. Que nossa expressão seja tão genuinamente única como nós enquanto obras de Deus, e que nosso trabalho artístico seja de uma habilidade e disciplina que mais precisamente anuncie visualmente os prazeres que viemos a conhecer e o prazer em Deus.

O CREDO DE UM ARTISTA

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11:36)

A DEUS aprouve fazer o homem, e DEUS fez o homem com capacidades criativas. À parte de DEUS, o homem não existiria , nem teria qualquer habilidade artística ou criativa. Portanto, empenhar-se em qualquer expressão artística do homem como sendo separada de DEUS, significa tanto desonrar a DEUS, o Autor do homem e da expressão artística, quanto negar a nós mesmos os plenos deleites que DEUS planejou para nosso prazer na arte; culminando em nosso NELE, através de JESUS CRISTO.

Então, com a ajuda de DEUS, e unicamente para a glória de JESUS CRISTO, ao me empenhar na arte, EU DECIDO:

I. CRESCER no conhecimento, amor, e satisfação de e em DEUS ao abraçar a emanação habilidosa e estética de DEUS do que DEUS conhece, ama e se compraz de Si mesmo. (Gênesis-Apocalipse)

II. BUSCAR olhos que vejam como DEUS me vê ao ser eu apresentado com tudo o que ele pôs em evidência naquilo que Ele criou. (Romanos 1, 1Samuel 16:7)

III. GLORIAR-me apenas em CRISTO em meu trabalho artístico uma vez que todas as coisas foram criadas através d’Ele e para Ele, e em CRISTO todas as coisas subsistem. (Colossenses 1:15-17, 1Coríntios 4:7)

IV. ENTENDER como, e reconhecer que, minha permanência diante de DEUS é exclusivamente dependente e firmada na obra de CRISTO na cruz, e não é de forma alguma alcançada por qualquer trabalho artístico ao qual me dedico. (Colossenses 1:18-23, Romanos 8, Efésios 1-2:10)

V. DEPOSITAR minha esperança por satisfação e provisão somente em DEUS através da obra de CRISTO, e nunca repousar minha esperança na arte, no público, ou em mim mesmo. (Deuteronômio 8:3, 17-20, Filipenses 4:19, Romanos 8:18, Salmo 107:9, Mateus 5:6, Salmo 40:4)

VI. BUSCAR as alegrias da obediência fiel como um escravo de CRISTO em tudo o que ele me chamou e me confiou nas artes. (Gálatas 1:10, Isaías 66:2, 1Pedro 1:22)

VII. COMPRAZER-me na arte com o intuito de me deleitar em DEUS; Aquele que deu a arte para meu deleite. (1Timóteo 6:17, Eclesiastes 2:24-25)

VIII. TRABALHAR para articular artisticamente o tipo de beleza que continuará satisfazendo mesmo depois que meu esforço na tangível representação daquela beleza tiver sido há muito consumido ou destruído. (1Timóteo 6:6-7, 1Coríntios 3:13, Tiago 5:2-3, 2Pedro 3:10-12)

IX. TRABALHAR nas artes de tal forma que acumule tanto tesouro nos céus quanto o ESPÍRITO SANTO me capacitar e minhas faculdades permitirem. (Mateus 6:19-21, Eclesiastes 11:1, 2Coríntios 9:6)

X. PROCURAR a edificação de outros através de minhas obras artísticas. (Efésios 4:29, Judas 17-23)

XI. NÃO DEITAR com os credos da esterilidade, mediocridade ou da complacência fraca visto que todos eles barganham as grandiosas alegrias para os breves e temporais. (Apocalipse 3:15-19, 1Tessalonicenses 2:2)

XII. NÃO CORROMPER-me ao estudar, com muita disciplina, a “literatura e linguagem” das artes. (Daniel 1:3-8, Salmo 101:3-4, Provérbios 21:12)

XIII. DISCIPLINAR meu corpo e minha mente a desenvolver plenamente as habilidades que DEUS me dotou, e na força que Ele dá. (Êxodo 36:1, 1Coríntios 15:10, Colossenses 1:29, Provérbios 13:18)

XIV. ESTIMAR a humildade, visto que a humildade é mais valiosa e mais bela que a obra mais agradável esteticamente pela mão do orgulho. (1Pedro 5:5, Filipenses 2:3, Provérbios 22:4, Daniel 4:37)

XV. PROCURAR os plenos prazeres que se devem ter na arte ao empenhar-me na arte através do empenho em DEUS. (Romanos 11:36, Eclesiastes 2:24-25, 1Timóteo 6:17-19, Jó 38:1-2)


Por: Jason Harms. Website: thegaiusproject.org
Tradução e Edição: Voltemos ao Evangelho.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Para Glória de Quem Nós Fazemos Músicas????


Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. Marcos 12:30



domingo, 30 de janeiro de 2011

Composição, Licenciamento Musical, e o Evangelho...




“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2)

Como compositores, nós muito frequentemente nos conformamos passivamente com os padrões do mundo. Nós vemos o modelo primário de composição, o qual reserva todos os direitos e explora trabalhos criativos de todas as formas possíveis de ganho financeiro. Há um lugar para ganho financeiro na música, mesmo em canções escritas para adoração conjunta, mas meu argumento é que este não é o propósito primário de canções de adoração. Se isso é verdade, então devemos parar e olhar nossas opções ao invés de padronizar automaticamente como “todos os direitos reservados.”

Ministério versus Uso Comercial

Eu argumento que, como compositores e criadores de conteúdo, nós precisamos diferenciar entre propósitos “ministeriais” e “comerciais” com nosso conteúdo. Quando escrevemos músicas para adoração conjunta, nosso propósito primário deveria ser glorificar a Deus e edificar sua igreja. Propósitos “ministeriais” deveriam incluir adoração conjunta através da música e liberdade de usar canções de formas que edifiquem a igreja gratuitamente. Isso inclui direitos de apresentação em cultos de adoração e eventos de igreja, liberdade para exibir as letras nestes eventos e a capacidade para criar gravações gratuitas, de uso “não comercial”.

Eu argumento que os propósitos “comerciais” incluam gravação de música em qualquer produto como CDs, DVDs, rádio, filme, e assim por diante, quando por uso não comercial. Argumento que estes produtos tenham preço de custo, e os direitos para criar estes produtos estejam a critério do criador do conteúdo. Resumindo, uso em ministérios deveria ser livre, e uso comercial deveria ser a preço de custo.

É assim que funciona em nossa igreja, e tem sido assim desde o início dela. Sermões, gravações ao vivo de nossas músicas, e qualquer outro conteúdo que saia da vida regular da igreja é livremente disponibilizado sem custo para download em nosso website. No entanto, livros, gravações musicais em estúdio, e outros recursos embalados são disponibilizados a preço de custo através de livrarias e vários revendedores de internet.

Usando a Licença Creative Commons



Não estou desafiando você a adotar exatamente o jeito que nós fazemos em nossa igreja, mas eu desafio sim você a considerar sob muita oração o destino e propósito de suas canções e criar decisões legais de licenciamento, distribuição e marketing baseadas na missão mais ampla de sua igreja, e não da outra forma como vê à sua volta. É por isso que eu gosto da licença Creative Commons. Se o direito de cópia padrão é “todos os direitos reservados” e o domínio público é “nenhum direito reservado,” então a licença Creative Commons é “alguns direitos reservados.” Eles oferecem diversas opções permitindo que você publicamente garanta tanto uso do seu conteúdo quanto você quiser, como um sólido histórico de litígio e execução para apoiar isso.

Você realmente quer lançar sua música de uma forma que não dá à igreja nenhuma maneira de gravar um demo para sua banda ou mesmo uma gravação grosseira para ajudar a congregação a aprender a canção? Você realmente precisa que alguém pague a você toda vez que exibem a letra da sua canção ou a toque em qualquer lugar além de um culto de adoração oficial?

Não seja passivamente conformado com o padrão do mundo. Nós usamos instrumentos musicais, estilos e sons que têm muito em comum com o mundo à nossa volta, mas usamos estas coisas com um propósito muito diferente. Aguarde um pouco, conheça suas opções, e se certifique de que seus meios de licenciamento e distribuição refletem o mesmo propósito de nossa música: a glória de Deus enquanto edificamos sua igreja.


Por: Tim Smith. Website: theresurgence.com
Tradução: Voltemos ao Evangelho.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Graças a Deus por Jesus Não ter Registrado os Direitos Autorais do Evangelho ...




Para a maioria dos músicos, detalhes da lei de direitos autorais é a última coisa com a qual eles querem lidar. No entanto, a natureza da música para adoração coletiva torna estas questões inevitáveis.

A lei de direitos autorais tem verdadeiras implicações sobre como utilizamos a música e, se você é um compositor, tem um enorme efeito em como você protege e dá permissão a outros para utilizar suas canções. O problema é que, quando encaram tais questões, a maioria dos cristãos enfia a cabeça na areia e as ignora ou mantém o status quo ― ambas as opções não são aceitáveis.

Algumas Coisas que Você Deveria Saber Sobre Direitos Autorais

Uma vez que você criou uma obra (ao menos nos Estados Unidos), ela é automaticamente coberta sob a proteção dos Direitos Autorais Americanos com “todos os direitos reservados.” Há uma exceção na lei de direitos autorais que permite o material registrado serem apresentados no contexto de “serviços religiosos.” Isso significa que qualquer coisa fora de uma performance musical especificamente nas dependências de um culto de adoração é ilegal, a menos que você tenha ou um contrato específico com o criador do conteúdo ou uma licença que cubra tal conteúdo.

Isto inclui:

-Exibição ou impressão de letras em qualquer formato
-Gravação de música em qualquer formato para qualquer propósito
-Tradução de canções para um idioma diferente
-Distribuição de gravações em qualquer forma (meio).

Como uma Licença Protege

Então se você alguma vez já gravou uma canção de adoração que está sob direitos autorais, fez um demo para sua banda, colocou a letra em uma transparência e a projetou, ou imprimiu em uma folha sem uma licença ou permissão, você já quebrou a lei. Muitos de nós procuramos à proteção do CCLI (Christian Copyright Licensing International) (Licença Internacional de Direitos Autorais Cristãos), mas você precisa saber que a licença deles só se aplica a exibição de letras e gravação de cultos de adoração em CDs e DVDs físicos.

Há outra organização chamada Christian Copyright Solutions (Soluções de Direitos Autorais Cristãos), que oferece uma gama de outras licenças para direitos de apresentação, transmissão online e sincronização audiovisual (colocar música em seus vídeos). No entanto, mesmo se você comprou estas duas licenças, você ainda não pode legalmente fazer a gravação de uma canção de adoração que não lhe pertence para qualquer propósito, mesmo que você não cobre por isso.

Dar a César o que é de César?

Neste ponto da conversa, a resposta comum é: “Bom, Jesus disse para dar a César o que é de César.” Isto é verdade, até certo ponto. Onde compositores escolheram reservar todos seus direitos, nós precisamos honrar seus desejos e fazer qualquer esforço para consentir com a lei. Nesse sentido, precisamos mesmo dar a César o que ele merece. Mas quando compomos novas músicas, nós temos uma escolha. Nós não precisamos viver em Roma!


Por: Tim Smith. Website: theresurgence.com
Tradução: Voltemos ao Evangelho.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ano novo, vida nova...





Mais um ano se inicia, mais um ciclo de 365 dias para viver...

Muitas pessoas já fizeram sua lista de sonhos e desejos para este novo ano...
Carros, casas, um corpo sarado, namoro, casamento, filhos, faculdade, trabalho, pós-graduação, mestrado, doutorado, férias, e muitas outras coisas povoam nossos pensamentos no dia 31 de dezembro, ou até mesmo antes, nos deixando ansiosos e preocupados com o futuro que nos aguarda...

Mas me vem à mente a seguinte questão: o que faríamos se ao invés de conseguirmos realizar estes sonhos e desejos, nós receberemos o inverso de tudo, da mesma forma que ocorreu com Jô?
O que você faria se uma doença terminal batesse a sua porta? E se o desemprego te alcançar? E se uma catástrofe natural derrubasse sua residência e destruísse todos os seus bens e família?
Você seria realmente capaz de dizer a seguinte frase: “O Senhor deu, o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor!?”

Como a Igreja Cristã brasileira tem preparado os seus membros para enfrentar tais adversidades? Pois a única coisa que vemos e ouvimos são bênçãos e mais bênçãos, portas abertas, correntes quebradas, prosperidade, prosperidade e mais prosperidade... E sem contar um tal “Culto da Revolta”, de uma igreja que diz que se você não está satisfeito com o que tem, você tem que se revoltar contra Deus e pedir mais... Isso deve ter base no livro de Heresias 2:32...

Se coloque no lugar de uma pessoa de Teresópolis que perdeu tudo o que tinha... Você se revoltaria? Você se revoltaria e jogaria tudo para o alto ou teria a capacidade de dizer a frase citada acima?
Agora vou um pouco mais fundo... O quanto a sua igreja tem te preparado para enfrentar as adversidades? Ou você tem se deixado levar por este mar de mentiras que tem sido pregado em todos os meios de comunicações? O quanto você tem lutado contra tudo isso? O quanto você tem feito para que esse quadro horrendo que vem sendo pintado ano a ano seja modificado? Você tem sido a regra que vem sendo imposta por esta teologia barata, se vendendo cada dia um pouquinho mais, ou tem sido a exceção, nadando contra a maré, desejando se acertar com a vontade do Senhor? Pois como disse Soren Kierkgaard, pureza de coração é desejar uma coisa só...

Que nesse ano que se inicia, você possa desejar somente uma coisa, ao invés de uma lista extensa: Estar no centro da vontade do Senhor! Afinal, a própria palavra Dele nos ensina: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais, Ele fará! Salmos 37:5

Nada melhor do que este incentivo, bem no meio do primeiro mês do ano, para fazer deste ano novo, um novo ano e uma nova vida com Cristo!

Stay Tuned! Bend’s up!

Wanderson Zingoni

Jesus Rock’s!