domingo, 27 de fevereiro de 2011

10 Conselhos para quem trabalha com música na igreja...


Começo justificando o título. Por que não usei "10 conselhos para equipes de louvor" ou "10 conselhos para levitas". Primeiro, porque louvor é todo o culto e não apenas aquele período em que cantamos cânticos. Nós louvamos a Deus quando oramos (se a oração for de louvor), quando lemos a Bíblia (se o texto expressar louvor) e, mesmo em silêncio quando temos uma atitude de louvor a Deus durante o culto. Limitar o louvor ao período de cânticos e desconsiderar tudo que acontece antes e depois. Sobre levitas, este ministério acabou no Antigo Testamento. Os levitas, assim como os sacerdotes, eram instrumentos de Deus dentro da lei cerimonial. Lei cerimonial é a parte da lei que tem relação com as cerimônias e sacrifícios do Antigo Testamento. Esta lei teve seu cumprimento final em Cristo e acabou nele. Jesus derramou a última gota de sangue requerida para expiação de pecados. Portanto, trazer os levitas, os sacerdotes, a arca, o chofar, etc, de volta, é retroceder. É voltar ao Antigo Testamento e desprezar a Aliança da Graça, que tem como sumo-sacerdote o próprio Jesus Cristo. Bem, feitas as ressalvas, vamos aos 10 conselhos:


1. Tenha uma vida de oração.

2. Leia constantemente sua Bíblia.

3. Confronte o que você lê na Bíblia com o modo como você pensa, age e fala.

4. Conserte seus relacionamentos (família, vizinhos, trabalho, escola...).

5. Nos ensaios, tente fazer o seu melhor. Maldito é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente (Jr 48.10).

6. No culto, lembre-se que os adoradores estão ali por causa de Jesus e não por sua causa.

7. Se você é hábil com a voz ou com algum instrumento, lembre-se de que isto foi dado por Deus, logo, nada de vaidades.

8. Não tente atrair atenção para si. Mostrar habilidades nos instrumentos (solando ou com arranjos chamativos) ou com a voz, improvisando e distorcendo a melodia, podem atrair atenção para você, desviando a atenção que deve ser dada a Cristo.

9. Depois de cantar/tocar permaneça no culto, participando com atenção. Retirar-se depois dos cânticos é comportamento de "estrela", totalmente impróprio em um culto em que Jesus é o centro.

10. Aprenda a analisar as letras daquilo que você canta. Uma boa melodia, nem sempre traz uma boa letra. E que prejuízo isto causa no culto. Peça ajuda do seu pastor neste sentido.


Por fim, mas com a impressão de que muito ainda deve ser dito, termino recomendando os escritos do Maestro Parcival Modolo. Excelentes para quem quer aprimorar o conhecimento musical e louvar a Deus mais adequadamente.


Extraído do Blog Resistência Protestante

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Música... dom ou deus?




Por Bob Kauflin

A música é um ótimo dom. As 13000 músicas no meu iTunes são um testemunho disso. Meus olhos frequentemente derramaram-se em lágrimas quando fui afetado por uma letra, um acorde, ou uma textura musical. Eu já agradeci a Deus pelo dom da música mais vezes que eu possa lembrar.

Não importa o que você pense sobre meu amor pela música, me lembro do que Martinho Lutero disse em um prefácio a uma coleção de motetos em 1538:

“Eu, Doutor Martinho Lutero, desejo a todos os amantes da livre arte da música graça e paz da parte de Deus Pai e de nosso Senhor Jesus Cristo! Verdadeiramente desejo que todos os cristãos amassem e considerassem valioso o amável dom da música, que é precioso, digno e um caro tesouro entregue à humanidade por Deus… Uma pessoa que pensa sobre a música, e ainda assim não a considera uma maravilhosa criação de Deus, deve ser um bruto e não merece ser chamado de ser humano; ele não deveria ouvir nada além do zurro dos asnos e o grunhido dos porcos.”

Enquanto eu talvez não deseje imitar a atitude de Lutero, muitos de nós prontamente concordarão que a música é um dom de Deus.

E esse é o problema. A Escritura nos diz que dons frequentemente tornam-se deus. Boas coisas podem tornar-se ídolos.

Em Números 21, os israelitas murmuraram contra Deus e isso resultou no envio de serpentes venenosas. Quando eles confessaram seu pecado e se arrependeram, Deus mandou Moisés fazer uma serpente de bronze e pendurá-la em um poste. Todo aquele que olhasse para a serpente viveria. Foi um bom dom. Porém, mais tarde, em 2 Reis 18, lemos que Israel estava fazendo oferendas à serpente, e mesmo lhe deu um nome – Neustã.

Bons dons podem tornar-se deuses.

A música vira um deus quando procuramos nela alegria, conforto, poder e satisfação que somente Deus pode dar. Aqui estão cinco indicadores de que isso pode estar acontecendo.

1. Escolhemos frequentar uma igreja ou reunião com base na música, não na pregação do Evangelho e da Palavra de Deus.

Em nenhum lugar na Bíblia somos ensinados que a igreja deve reunir-se em torno da música. Nos reunimos em torno do Salvador crucificado e ressuscitado, Jesus Cristo. Nos reunimos para ouvir a Palavra de Deus no poder do Espírito. Efésios 2.13-14 diz que o sangue de Cristo nos une, não a música.

2. Não conseguimos adorar sem uma determinada música, estilo, líder ou som.

Se eu digo que não consigo adorar a não ser que X aconteça, ou X esteja presente, sem que X seja a morte de nosso Salvador na cruz por nossos pecados ou o poder de seu Espírito, estamos entrando em idolatria. Nesse momento, X é mais importante para nós que o mandamento de Deus de amá-lO com todo nosso coração, alma, mente ou força. Isso não significa que não existam músicas ruins, líderes fracos ou estilos inadequados. Mas, ser discernente é diferente de ser incapaz de adorar a Deus.

3. Achamos que a música nos leva ou nos traz a presença de Deus

Aqui está o que a música pode fazer: ela pode nos afetar emocionalmente. Criar um ambiente. Suavizar nossos corações para que ouçamos mais atenciosamente. Ajudar-nos a ouvir as palavras de maneira diferente. Distrair-nos do que está acontecendo. Ajudar-nos a focar no que está acontecendo. Lembrar das palavras. E mais.

Aqui está o que a música não pode fazer: Tornar Deus mais presente. Trazer a presença de Deus. Nos levar à presença de Deus. Manipular Deus (Hb 10.19-22; 1 Tm 2.5). Há somente um mediador, e não é uma música, estilo, líder ou som. É Jesus Cristo.

4. Um desempenho musical ruim nos leva a pecar contra os outros membros da banda ou os músicos que nos lideram.

Dificilmente estamos representando o coração de Deus quando ficamos zangados, frustrados ou impacientes com músicos que não tocam segundo nossos padrões. O padrão de Deus é a perfeição, e ele foi satisfeito em Jesus Cristo, que viveu uma vida perfeita em nosso lugar e morreu como nosso substituto, suportando a ira de Deus em nosso lugar. TUDO o que oferecemos, não importa quão bem ou mal oferecido, é aperfeiçoado por meio da entrega de uma vez por todas do Salvador. Podemos nos esforçar por excelência no serviço aos outros, ao mesmo tempo em que estendemos a graça que recebemos a eles.

5. O amor pela música substituiu o amor pelas coisas de Deus.

É possível ouvir música que está destruindo sua alma e estar completamente alheio a isso. Ser escravizado por um ídolo e sentir-se como se estivesse sendo liberto. Em suas confissões, Agostinho disse “Ama-te muito pouco aquele que ama outra coisa junto contigo, que ele ama não por tua causa”. Não tenho dúvidas de que amamos a música. Mas nós a amamos por amor a Deus ou por amor próprio?

Resumindo:

Música é útil, mas não é necessária.
Música é boa. Mas Jesus é melhor.
Música é um dom, mas não um deus.
Música não é minha vida. Cristo é.


Os dons de Deus devem aprofundar nosso relacionamento com Deus e criar uma afeição nova por ele. Não substituí-lo.

Que possamos desfrutar e fazer música no melhor de nossas capacidades, tudo para glória dAquele que, em primeiro lugar, nos deu para desfrutá-la.


Traduzido por Josaías Jr | iPródigo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Jason Harms – O Credo de um Artista ...




Um credo é um sistema de princípios ou crenças. Nas artes, há numerosos credos não escritos que seguimos querendo ou não. Não há ninguém que não siga um credo. Mas onde um credo termina no homem ou na arte e não em Deus e nas verdades de Deus, é um credo inferior. É um credo capaz apenas de satisfazer prazeres inferiores. Tais credos — tais sistemas de princípio e crença que eventualmente prezam a arte, ou a estética, ou a habilidade, ou o desempenho, ou o artista, ou qualquer outra coisa que não Deus como derradeiro prazer e objetivo dos prazeres que conhecemos na arte — são incapazes de produzir os plenos, mais satisfatórios e duradouros prazeres que se podem conhecer através da expressão artística.

A intenção do credo a seguir é agir como um guia tanto para certificarmos que temos o OBJETIVO correto em nossa expressão artística, a saber, Deus; quanto para perguntarmos a partir de qual motivo estaremos aptos para assegurar os maiores prazeres deste Objetivo, a saber, os prazeres de Deus na expressão artística. Como tudo isso é executado na middle-land é o que passamos adiante aos outros como obras de arte. Que nossa expressão seja tão genuinamente única como nós enquanto obras de Deus, e que nosso trabalho artístico seja de uma habilidade e disciplina que mais precisamente anuncie visualmente os prazeres que viemos a conhecer e o prazer em Deus.

O CREDO DE UM ARTISTA

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11:36)

A DEUS aprouve fazer o homem, e DEUS fez o homem com capacidades criativas. À parte de DEUS, o homem não existiria , nem teria qualquer habilidade artística ou criativa. Portanto, empenhar-se em qualquer expressão artística do homem como sendo separada de DEUS, significa tanto desonrar a DEUS, o Autor do homem e da expressão artística, quanto negar a nós mesmos os plenos deleites que DEUS planejou para nosso prazer na arte; culminando em nosso NELE, através de JESUS CRISTO.

Então, com a ajuda de DEUS, e unicamente para a glória de JESUS CRISTO, ao me empenhar na arte, EU DECIDO:

I. CRESCER no conhecimento, amor, e satisfação de e em DEUS ao abraçar a emanação habilidosa e estética de DEUS do que DEUS conhece, ama e se compraz de Si mesmo. (Gênesis-Apocalipse)

II. BUSCAR olhos que vejam como DEUS me vê ao ser eu apresentado com tudo o que ele pôs em evidência naquilo que Ele criou. (Romanos 1, 1Samuel 16:7)

III. GLORIAR-me apenas em CRISTO em meu trabalho artístico uma vez que todas as coisas foram criadas através d’Ele e para Ele, e em CRISTO todas as coisas subsistem. (Colossenses 1:15-17, 1Coríntios 4:7)

IV. ENTENDER como, e reconhecer que, minha permanência diante de DEUS é exclusivamente dependente e firmada na obra de CRISTO na cruz, e não é de forma alguma alcançada por qualquer trabalho artístico ao qual me dedico. (Colossenses 1:18-23, Romanos 8, Efésios 1-2:10)

V. DEPOSITAR minha esperança por satisfação e provisão somente em DEUS através da obra de CRISTO, e nunca repousar minha esperança na arte, no público, ou em mim mesmo. (Deuteronômio 8:3, 17-20, Filipenses 4:19, Romanos 8:18, Salmo 107:9, Mateus 5:6, Salmo 40:4)

VI. BUSCAR as alegrias da obediência fiel como um escravo de CRISTO em tudo o que ele me chamou e me confiou nas artes. (Gálatas 1:10, Isaías 66:2, 1Pedro 1:22)

VII. COMPRAZER-me na arte com o intuito de me deleitar em DEUS; Aquele que deu a arte para meu deleite. (1Timóteo 6:17, Eclesiastes 2:24-25)

VIII. TRABALHAR para articular artisticamente o tipo de beleza que continuará satisfazendo mesmo depois que meu esforço na tangível representação daquela beleza tiver sido há muito consumido ou destruído. (1Timóteo 6:6-7, 1Coríntios 3:13, Tiago 5:2-3, 2Pedro 3:10-12)

IX. TRABALHAR nas artes de tal forma que acumule tanto tesouro nos céus quanto o ESPÍRITO SANTO me capacitar e minhas faculdades permitirem. (Mateus 6:19-21, Eclesiastes 11:1, 2Coríntios 9:6)

X. PROCURAR a edificação de outros através de minhas obras artísticas. (Efésios 4:29, Judas 17-23)

XI. NÃO DEITAR com os credos da esterilidade, mediocridade ou da complacência fraca visto que todos eles barganham as grandiosas alegrias para os breves e temporais. (Apocalipse 3:15-19, 1Tessalonicenses 2:2)

XII. NÃO CORROMPER-me ao estudar, com muita disciplina, a “literatura e linguagem” das artes. (Daniel 1:3-8, Salmo 101:3-4, Provérbios 21:12)

XIII. DISCIPLINAR meu corpo e minha mente a desenvolver plenamente as habilidades que DEUS me dotou, e na força que Ele dá. (Êxodo 36:1, 1Coríntios 15:10, Colossenses 1:29, Provérbios 13:18)

XIV. ESTIMAR a humildade, visto que a humildade é mais valiosa e mais bela que a obra mais agradável esteticamente pela mão do orgulho. (1Pedro 5:5, Filipenses 2:3, Provérbios 22:4, Daniel 4:37)

XV. PROCURAR os plenos prazeres que se devem ter na arte ao empenhar-me na arte através do empenho em DEUS. (Romanos 11:36, Eclesiastes 2:24-25, 1Timóteo 6:17-19, Jó 38:1-2)


Por: Jason Harms. Website: thegaiusproject.org
Tradução e Edição: Voltemos ao Evangelho.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Para Glória de Quem Nós Fazemos Músicas????


Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. Marcos 12:30